Atriz explica sua decisão de evitar papéis relacionados à escravidão após vencer o prêmio
Lupita Nyong'o recusou papéis após ganhar o Oscar para evitar estereótipos sobre mulheres africanas.
Lupita Nyong’o recusa papéis relacionados à escravidão após ganhar o Oscar
A atriz Lupita Nyong’o, 42, revelou em entrevista à CNN que recusou uma série de papéis que lhe foram oferecidos logo após se tornar a primeira africana a ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por ’12 Anos de Escravidão’, em 2014. Durante a conversa com Angélique Kidjo, cantora de Benin e vencedora de cinco Grammy Awards, Lupita expressou sua frustração com as propostas que recebeu.
O impacto da vitória no Oscar
“Lupita, gostaríamos que você fizesse outro filme em que você é uma escrava, mas dessa vez você está em um navio negreiro”. Esse era o tipo de oferta que eu estava recebendo nos meses seguintes à minha vitória no Oscar”, explicou a atriz queniana, nascida no México. Essa situação a levou a tomar uma decisão consciente de não seguir o caminho tradicional esperado para uma estrela após ganhar um Oscar.
A luta contra estereótipos
Lupita destacou que era essencial para ela desvincular a figura da mulher negra africana de papéis relacionados à escravidão. “Queria ser uma guerreira da alegria para mudar os paradigmas do que é ser africana. E, se isso significa que eu vou fazer um trabalho a menos por ano para garantir que eu não vou perpetuar os estereótipos que são esperados para as pessoas do meu continente, farei isso”, declarou. Essa abordagem reflete um compromisso não apenas com sua carreira, mas também com a representação de sua cultura no cinema.
Sucesso em novas produções
Desde então, Lupita Nyong’o continuou a brilhar em produções de grande sucesso, desafiando as expectativas e ampliando seu espectro de atuação. Ela se destacou em filmes como ‘Pantera Negra’, onde interpretou Nakia, ‘Um Lugar Silencioso: Dia Um’ e ‘Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker’. Sua decisão de escolher papéis que extrapolam os estereótipos tradicionais é uma forte declaração sobre a diversidade e a complexidade das narrativas africanas no cinema.
Conclusão
Com uma carreira marcada por escolhas conscientes e significativas, Lupita Nyong’o se posiciona como uma voz forte na luta contra a representação estereotipada da mulher negra. Sua história inspira muitas outras artistas a buscarem papéis que refletem a diversidade e a riqueza de suas culturas, em vez de se conformarem a narrativas limitadas.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Lupita Nyong'o