Mulher processa Pfizer após desenvolver meningioma, alegando falta de aviso sobre riscos do contraceptivo
Robin Phillip, 45, desenvolveu um meningioma e acredita que seu anticoncepcional, Depo-Provera, é o culpado; ela processa a Pfizer por falta de aviso sobre riscos.
Na cidade de Westwego, Louisiana, Robin Phillip, de 45 anos, processa a Pfizer após ser diagnosticada com um meningioma em 2018, condição que acredita ter relação com o uso prolongado do anticoncepcional Depo-Provera. A mulher, que usou o método contraceptivo por quase 30 anos, relata ter sofrido dores de cabeça intensas antes de descobrir que se tratava de um tumor na cabeça.
Detalhes do caso
Robin enfrentou duas cirurgias para remoção do tumor, que afetou sua visão e a obrigou a mudar-se para a casa da mãe. A Pfizer, fabricante do Depo-Provera, tenta derrubar o processo, afirmando que os riscos são conhecidos e que as aprovações da FDA não exigem alterações no rótulo do medicamento.
Estudos em foco
Pesquisas recentes publicadas na JAMA Neurology e na The BMJ indicam um aumento no risco de meningioma entre mulheres que usam o Depo-Provera, especialmente aquelas que começaram a usá-lo após os 31 anos ou que o utilizaram por mais de quatro anos. Dr. David Raleigh, especialista em tumores cerebrais, alertou que embora o risco de desenvolver meningioma seja baixo, a relação com hormônios femininos é motivo de preocupação.
A resposta da Pfizer
A Pfizer afirma que está comprometida com a segurança de seu produto. Recentemente, a empresa solicitou à FDA a inclusão de um alerta sobre o risco de meningioma, mas a solicitação foi negada. A empresa argumenta que a legislação federal impede mudanças em seu rótulo sem aprovação da FDA, o que levanta questões sobre a responsabilidade da farmacêutica em informar os usuários sobre potenciais riscos.
Considerações finais
Robin Phillip destaca que, se tivesse conhecimento dos riscos, nunca teria optado pelo Depo-Provera. A luta dela e de outras mulheres que enfrentam problemas semelhantes ressalta a necessidade de transparência e informação no uso de contraceptivos hormonais. Ela continua a monitorar sua condição e espera que suas experiências ajudem a conscientizar outras mulheres sobre os riscos associados ao uso deste anticoncepcional.