Declaração ocorre em meio a tensões militares entre Venezuela e Estados Unidos

Nicolás Maduro ameaça revogar a cidadania de venezuelanos que apoiarem os EUA, em meio a tensões militares na região.

Em 31 de outubro de 2025, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou a protocolização de uma ação constitucional para revogar a cidadania de venezuelanos que manifestem apoio a uma invasão dos Estados Unidos. A declaração ocorreu em meio a um aumento das tensões militares, com os EUA intensificando bombardeios na região do Caribe, próximo à Venezuela.

Contexto das declarações

A ameaça de Maduro foi feita no dia 29 de outubro e se dá em um momento de escalada de hostilidades. O presidente venezuelano afirmou que o Tribunal da Venezuela revogará “toda a documentação, tudo o que tenha que retirar, de acordo com a lei e a Constituição”. Ele também mencionou que o governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, autorizou a CIA a realizar “ações letais” no país.

Acusações e respostas

Maduro acusou Eduardo Leopoldo López Mendoza, um opositor, de incentivar a invasão americana. No início do ano, o governo venezuelano solicitou um mandado de prisão e um aviso vermelho contra Leopoldo. “Pátria para todos, ou não haverá petróleo para ninguém. Vocês viram o Leopoldo Lopes pedindo que o exército gringo se meta aqui”, declarou Maduro.

Ameaças de agressão militar

A Venezuela, por sua vez, alega que os EUA estão criando um cenário de “bandeira falsa” para justificar uma agressão militar. O governo venezuelano acredita que a intenção é forçar um ataque a um navio militar americano atualmente ancorado em Trinidad e Tobago, o que poderia servir de justificativa para ações em território venezuelano. Essa situação levanta preocupações sobre a segurança e a soberania na região.