Em meio a crescentes tensões no Caribe, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo urgente aos Estados Unidos para que reduzam a escalada militar na região. O pedido veio após o presidente americano, Donald Trump, autorizar o uso de força contra aeronaves venezuelanas que representem ameaça a navios dos EUA e ordenar o envio de caças F-35 para Porto Rico.
Vestindo farda militar, Maduro discursou em Caracas, acusando Washington de buscar uma “mudança violenta de regime” na América Latina. Ele enfatizou que as divergências existentes não justificam um conflito militar de grande escala ou violência na América do Sul, buscando um tom de apaziguamento em meio à crise.
As declarações de Maduro surgiram após incidentes como o sobrevoo de caças venezuelanos sobre o destróier USS Jason Dunham, em missão contra o narcotráfico no Caribe. O Pentágono classificou a ação como “altamente provocativa”, elevando ainda mais a tensão entre os dois países.
Trump, por sua vez, minimizou as intenções de derrubar Maduro, mas reafirmou as críticas ao regime chavista, acusando-o de envolvimento com cartéis de drogas. “Se eles nos colocarem em uma posição perigosa, eles serão abatidos”, declarou o presidente americano, mantendo a retórica firme.
A recente escalada inclui um ataque da Marinha dos EUA a uma embarcação venezuelana, supostamente ligada ao cartel Tren de Aragua, resultando em mortes. Maduro rebateu as acusações, afirmando que a Venezuela está “sempre disposta a dialogar, mas exige respeito”, e instou Washington a abandonar “planos de violência contra a soberania latino-americana”.