Presidente venezuelano clama por fim de hostilidades em manifestação em Caracas
Em Caracas, Maduro pede paz e trégua a Trump, enfatizando o desejo de evitar guerras injustas.
Maduro apela por paz a Trump em meio a tensões bilaterais
Em Caracas, no dia 13 de novembro de 2025, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um pedido enfático por paz entre seu país e os Estados Unidos, enviando uma mensagem direta a Donald Trump: “Chega de guerras injustas”. A declaração ocorreu durante uma marcha organizada pela “Juventude Comunal”, uma entidade social criada por Hugo Chávez, antecessor de Maduro.
Maduro, ao ser questionado pela CNN sobre sua mensagem ao presidente norte-americano, reiterou seu desejo de trégua, afirmando: “Minha mensagem é: sim, paz! sim, paz! Estamos ocupados com o povo, governando com paz”. Essa fala reflete uma tentativa de amenizar as tensões que se intensificaram nas últimas semanas entre as duas nações.
Aumento das tensões entre EUA e Venezuela
As relações entre Washington e Caracas se deterioraram drasticamente, especialmente com as recentes operações militares dos EUA na região. O governo norte-americano tem intensificado a presença militar no Caribe, incluindo navios de guerra e aviões de combate, sob a justificativa de combater o narcotráfico. Maduro afirmou que essa escalada já resultou na morte de pelo menos 80 pessoas, que Trump se refere como “narcoterroristas”.
A marcha em apoio a Maduro contou com a participação de 5.336 comitês comunais de juventude, que são organizações governamentais com o objetivo de desenvolver projetos comunitários. Durante o evento, Maduro destacou a importância da união e da resistência da juventude venezuelana, afirmando: “A Venezuela quer paz e pátria! Juventude e presidente! Unidos hoje e para sempre”.
Medidas de segurança e resposta militar
Diante do clima de ameaça de uma possível invasão dos EUA, Maduro também ordenou uma mobilização massiva das forças armadas do país, incluindo unidades terrestres, aéreas, navais e fluviais. O presidente expressou sua preocupação com a segurança do país e pediu ao seu povo que se preparasse para defender a nação.
O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, anunciou uma operação militar chamada “Lança do Sul”, que será liderada pelo Comando Sul dos EUA (Southcom). A operação tem como objetivo combater o tráfico de drogas na região, e Hegseth argumentou que essa ação é necessária para proteger os interesses dos EUA e do hemisfério ocidental.
Ele afirmou: “Esta missão defende nossa pátria, remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nossa pátria das drogas que estão matando nosso povo”. Essa retórica tem sido utilizada desde que Maduro passou a ser rotulado como chefe do Cartel de Los Soles.
A resposta da comunidade internacional
A comunidade internacional observa com atenção essa escalada de tensões. Enquanto alguns países apoiam a posição dos EUA, outros defendem a soberania da Venezuela e criticam a intervenção militar como uma violação do direito internacional. A situação é complexa, e o futuro das relações entre Venezuela e Estados Unidos permanece incerto, com ambos os lados mantendo posturas firmes.
A mensagem de Maduro por paz é, portanto, um apelo não só ao governo dos EUA, mas também à comunidade internacional, para que busquem soluções diplomáticas em vez de confrontos militares. A sequência dos eventos nas próximas semanas poderá definir o rumo das relações entre as duas nações e a estabilidade na região.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Jesus Vargas/picture alliance via Getty Images