Líder venezuelano defende unidade nacional em meio a tensões com a América
Maduro acusou os EUA de travar uma "guerra criminosa" contra a Venezuela.
O líder venezuelano, Nicolás Maduro, fez um apelo à vigilância diante do crescente embate com os Estados Unidos, que supostamente avaliam opções de ação militar contra seu país. Durante um discurso no bairro de Petare, em Caracas, Maduro acusou os EUA de estarem envolvidos em uma “guerra criminosa” contra a Venezuela, ao mesmo tempo em que convocou o povo a se unir e defender a nação.
No evento, apoiadores do regime se reuniram para ouvir suas palavras. Maduro declarou que os venezuelanos não desejam ser “escravos de gringos” que ameaçam sua soberania. Ele enfatizou a determinação do povo em proteger a bandeira nacional, afirmando que a maioria está “preparada para defender este país com honra e amor”. Em um apelo a seus compatriotas, ele reforçou que “a força do país sempre será a do povo e não a dos oligarcas ou dos imperialistas”.
Exercícios militares e condenações
Maduro também criticou os exercícios militares americanos, anunciados para ocorrer em Trinidad e Tobago, os quais classificou como “irresponsáveis”. Ele advertiu que o povo de Trinidad e Tobago deverá observar as consequências se permitirem que suas águas sejam usadas para ameaçar a paz do Caribe. Essa postura de Maduro reflete uma crescente tensão na região, que pode ter repercussões para a segurança local e internacional.
Enquanto isso, a oposição liderada por María Corina Machado intensificou suas críticas ao regime de Maduro. Em uma mensagem enviada aos seus apoiadores, Machado convocou a população a se unir em um movimento contra o governo, afirmando que o clamor por liberdade cresce tanto dentro quanto fora do país. Em um tom desafiador, ela afirmou: “Trinta milhões de nós nos levantamos contra um regime criminoso que está em queda”.
Chamado à ação
Machado, que se encontra em um local desconhecido após uma eleição contestada no ano anterior, incentivou membros das forças armadas e de segurança a reconsiderarem seu apoio ao regime. Em sua mensagem, ela afirmou que “absolutamente ninguém precisa de um caminho de redenção” mais do que os apoiadores de Maduro. A ex-parlamentar exortou aqueles em posições de poder a serem “heróis e não criminosos”, destacando que a história e o povo venezuelano serão seus juízes.
Essa situação se torna ainda mais complicada à medida que Machado elogia ações dos EUA que, segundo ela, visam cortar o suporte ao regime de Maduro. Ela não hesita em afirmar que o governo de Maduro representa uma “ameaça real à segurança nacional dos Estados Unidos”, uma acusação que intensifica o embate político entre os dois países.
Conclusão
As tensões entre a Venezuela e os EUA estão em um ponto crítico, com Maduro denunciando uma “guerra silenciosa” e convocando a população à resistência. Ao mesmo tempo, a oposição se articula em busca de mobilização popular, o que pode indicar um cenário de intensificação do conflito interno. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa crise, que poderá ter implicações significativas para a estabilidade na América Latina.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: Leonardo Fernandez Viloria