O presidente da Venezuela busca apoio de potências em meio a crise com os Estados Unidos
Nicolás Maduro reforça laços com China e Rússia em resposta a tensões com os EUA.
Maduro apela à Rússia e China em meio a tensões com EUA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou sua reaproximação com a China e a Rússia, em um momento de crescente tensão com os Estados Unidos, especialmente após a designação do chamado Cartel dos Sóis como organização terrorista estrangeira. Durante seu programa transmitido pelo canal estatal, Maduro afirmou que a relação com a China é de “confiança profunda, ampla e estável”. Ele enfatizou que a relação China-Venezuela passou por testes severos e que este é um momento para aprofundar e fortalecer essa parceria.
Relações estratégicas com a China
Maduro ressaltou que o período difícil pelo qual a Venezuela passou serviu para solidificar os laços com a China. Ele acredita que há uma oportunidade para expandir a cooperação em várias frentes. O presidente venezuelano não hesitou em expressar sua gratidão pelo apoio contínuo da China, que se torna ainda mais relevante neste contexto de pressão externa.
Apoio da Rússia em tempos difíceis
Em relação à Rússia, Maduro mencionou uma carta que recebeu do presidente Vladimir Putin, que reafirmou seu apoio à Venezuela. Na correspondência, Putin expressou confiança de que o país sul-americano “superará todas as provações com dignidade”. Maduro também anunciou o desenvolvimento de uma comissão intergovernamental destinada a finalizar novos acordos em áreas como petróleo, finanças, defesa e tecnologia.
Aumento das tensões com os EUA
As declarações de Maduro aconteceram logo após a implementação da designação do Cartel dos Sóis como organização terrorista pelos EUA, um movimento que ele considera injusto e infundado. Maduro sempre negou qualquer envolvimento pessoal com o narcotráfico, e seu governo tem insistido na inexistência do suposto cartel, alegando que não se trata de uma entidade formal.
Mobilização militar no Caribe
Este contexto de reaproximação com a China e a Rússia se dá em meio a uma mobilização militar significativa dos EUA no Caribe, que inclui mais de uma dúzia de navios de guerra e cerca de 15 mil soldados, sob a operação denominada “Operação Lança do Sul”. A Venezuela observa com preocupação essas manobras, que intensificam o clima de tensão na região.
Conclusão
O apelo de Maduro à Rússia e à China reflete não apenas sua busca por apoio estratégico, mas também uma resposta direta às pressões externas, especialmente dos Estados Unidos. A situação na Venezuela continua a evoluir, com as potências mundiais desempenhando papéis cruciais nas dinâmicas políticas e econômicas do país.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br