Após lucro recuar quase 70%, ações ainda são atrativas?
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) abriram o pregão em alta, mesmo após queda de 69,8% no lucro líquido ajustado.
No dia 7 de setembro de 2025, as ações do Magazine Luiza (MGLU3) abriram o pregão entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV), reagindo ao balanço do terceiro trimestre divulgado na véspera. Apesar de reportar um lucro líquido ajustado de R$ 21,2 milhões, uma queda de 69,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, o resultado superou as projeções da Bloomberg, que esperavam apenas R$ 4 milhões.
O Ebitda ajustado, que mede o desempenho operacional, totalizou R$ 711,4 milhões, apresentando um leve recuo de 0,09% em comparação ao terceiro trimestre de 2024, mas acima da expectativa de R$ 707 milhões. A margem Ebitda ajustada caiu 0,1 ponto percentual, alcançando 7,9%, mantendo-se estável em relação ao ano anterior.
Por volta das 11h05 (horário de Brasília), as ações MGLU3 subiam 2%, cotadas a R$ 8,15, com um avanço que chegou a superar os 5% mais cedo. Segundo o BTG Pactual, a empresa enfrenta desafios significativos para crescimento, como juros altos e uma intensa concorrência no e-commerce. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas nas lojas físicas totalizaram R$ 4,7 bilhões, um aumento de 5%. Entretanto, as vendas online caíram 5,8%, totalizando R$ 10,4 bilhões, com R$ 6,4 bilhões provenientes de vendas com estoque próprio (1P).
O relatório do JP Morgan reforça a perspectiva negativa para o preço das ações, mesmo com a melhoria no fluxo de caixa, mantendo a classificação Underweight (equivalente à venda) para MGLU3. A XP Investimentos observou resultados mistos, e a Genial Investimentos também destacou a fragilidade do trimestre, enfatizando que, apesar da disciplina em custos, a companhia não consegue transformar isso em crescimento significativo.
Diante de um cenário de juros a 15% e intensa concorrência, os analistas ponderam que a dinâmica desafiadora da receita pode persistir, e a recomendação varia entre manter e neutra entre os diferentes bancos. A incerteza em relação ao futuro das ações do Magazine Luiza permanece, com várias instituições expressando cautela em suas análises.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times