Documento pede a proibição do desenvolvimento de inteligência artificial avançada

Príncipe Harry e Meghan Markle assinam manifesto que pede a proibição de IA superinteligente.

Um grupo que inclui o príncipe Harry e Meghan Markle, além de artistas e líderes religiosos, assinou um manifesto que pede a proibição do desenvolvimento de inteligência artificial “superinteligente”. O documento foi divulgado nesta quarta-feira (22) pelo instituto Future of Life e é direcionado a bigtechs como Google, OpenAI e Meta, que competem para desenvolver IAs que superem os humanos em diversas tarefas.

Signatários do manifesto

Além de Harry e Meghan, outros signatários incluem Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, o comentarista político Glenn Beck, o cofundador da Apple Steve Wozniak, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson e o fundador do grupo Virgin, Richard Branson. O manifesto, embora reconheça os benefícios potenciais da IA, expressa profundas preocupações sobre os objetivos das grandes empresas de tecnologia.

Riscos associados à superinteligência

O texto ressalta que o desenvolvimento de uma superinteligência pode levar a consequências graves, incluindo recessão econômica, perda de liberdade e dignidade humanas, e até riscos à segurança nacional. O príncipe Harry, em nota pessoal, afirmou que “o futuro da IA deve servir à humanidade, não substituí-la”, enfatizando a responsabilidade sobre o avanço dessa tecnologia.

O papel do Instituto Future of Life

O Instituto Future of Life, fundado pelo pesquisador do MIT Max Tegmark, já havia liderado uma carta em 2023 pedindo uma pausa de seis meses no treinamento de IAs, que não foi atendida. Tegmark expressou empatia pelas empresas, que se sentem pressionadas em uma corrida competitiva, e destacou a importância de estigmatizar essa corrida pela superinteligência.

O manifesto é um chamado à reflexão sobre como a IA deve ser desenvolvida e utilizada, garantindo que seu avanço seja guiado por valores humanos e éticos.