A controvérsia em torno do Campeonato Brasileiro de 2005 ganha novos contornos com a declaração de Mano Menezes. Em meio à recente reivindicação do título pelo Internacional, o técnico afirmou que o Corinthians, campeão daquele ano, também sofreu com o esquema de manipulação de resultados conhecido como ‘Máfia do Apito’. A declaração reacende um debate antigo e complexo.
O caso ganhou destaque após declarações controversas do ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho, peça central do escândalo. Em entrevistas, Carvalho mudou sua versão sobre a legitimidade do título corintiano, gerando ainda mais questionamentos sobre a lisura da competição. Essa reviravolta reacendeu a discussão sobre a justiça no futebol brasileiro.
Na época, a punição se restringiu à anulação e remarcação das partidas apitadas por Edilson Pereira de Carvalho. Contudo, especialistas criticaram a medida, argumentando que seria impossível recriar as condições originais dos jogos. Um dos confrontos mais polêmicos envolveu justamente Internacional e Corinthians, marcado por decisões arbitrais questionáveis.
Mano Menezes defende que a anulação completa do campeonato seria a solução mais justa. “A pressão comercial e a necessidade de manter o calendário da competição impediram que a medida fosse tomada, mesmo com as evidências de manipulação”, disse o técnico, ressaltando os desafios de lidar com escândalos de tamanha proporção.
A discussão sobre reparações históricas no futebol não é inédita, visto que existem precedentes de casos polêmicos como a Copa do Mundo de 1978 e o título brasileiro de 1973. Em suma, o debate sobre o Brasileirão de 2005 permanece aberto, com diferentes visões sobre a melhor forma de lidar com as consequências da ‘Máfia do Apito’.