Entenda os fatores que impactaram os resultados da empresa
As ações da Marcopolo (POMO4) caíram mais de 10% após a divulgação do balanço do 3T25, decepcionando analistas e investidores.
Nesta sexta-feira (31), as ações da Marcopolo (POMO4) enfrentaram um dia de forte desvalorização na bolsa brasileira, com queda superior a 10% após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025. Por volta das 12h30 (horário de Brasília), os papéis recuavam 6,92%, cotados a R$ 8,21, e chegaram a apresentar uma mínima intradia de 9,52%.
Resultados do 3T25
O balanço mostrou um lucro líquido de R$ 329,6 milhões, o que representa uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda da companhia caiu 9,9%, totalizando R$ 419,8 milhões, enquanto os analistas esperavam valores de R$ 322,9 milhões e R$ 451,2 milhões para lucro e Ebitda, respectivamente. As receitas das operações brasileiras caíram 15,2%, totalizando R$ 1,24 bilhão, enquanto as vendas internacionais aumentaram 43%.
Expectativas do mercado
Os analistas esperavam uma reação negativa, dado que os resultados ficaram abaixo das expectativas. A XP destacou que, apesar de alguns pontos positivos, como o avanço da margem Ebitda para 19,3%, os resultados não atenderam às altas expectativas do mercado. Já o BTG Pactual considerou os números decepcionantes, atribuindo a desaceleração a um mix de produtos menos favorável e um aumento gradual de volumes.
Perspectivas futuras
Apesar da reação negativa, a recomendação do BTG Pactual é de compra, apontando um preço-alvo de R$ 12, o que representa um potencial de valorização de 36,1%. Os analistas acreditam que a carteira de pedidos para o 4T25 está robusta, e as entregas devem seguir fortes em outubro e novembro. No entanto, o Citi alertou para a possibilidade de volatilidade nos resultados, dado o aumento da participação de ônibus urbanos em 2026, um segmento mais competitivo e com margens mais baixas.
A continuidade da alocação de capital disciplinada pela Marcopolo e a busca por oportunidades de exportação são vistas como estratégias importantes para enfrentar as altas taxas de juros e a renovação de frota no Brasil.
