Marcos Rogério critica mudanças nas regras de impeachment de ministros do STF

Agência Senado

Senador denuncia concentração de poder após decisão cautelar de Gilmar Mendes

Senador Marcos Rogério manifesta preocupação com mudanças que afetam o processo de impeachment no STF.

No dia 3 de dezembro de 2025, em um pronunciamento no Plenário, o senador Marcos Rogério expressou sua preocupação com as mudanças nas regras de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de uma decisão cautelar do ministro Gilmar Mendes. Ele destacou que as novas diretrizes estabelecem critérios rigorosos para a abertura de processos de impeachment, o que segundo ele, representa uma concentração de poder e uma ameaça à separação das funções entre os poderes da República.

A decisão cautelar de Gilmar Mendes

A decisão de Gilmar Mendes permite que apenas a Procuradoria-Geral da República apresente representações para iniciar processos de impeachment. Além disso, define que o Senado precisa de um quórum de dois terços para o recebimento das denúncias. Marcos Rogério argumentou que essa mudança não apenas dificulta, mas praticamente inviabiliza a possibilidade de processos de impeachment. O senador afirmou que o novo procedimento é uma forma de “blindagem” e “autoproteção” dos ministros do STF, o que, segundo ele, fere os fundamentos da democracia.

Repercussão e implicações da nova regra

Marcos Rogério criticou o fato de que a nova regra confere a um único agente, o procurador-geral da República, a prerrogativa de decidir se um pedido de impeachment será aceito ou não. Ele indagou como a supervisão de autoridades de Estado pode depender exclusivamente da vontade de uma única pessoa. Para o senador, isso é uma forma de enfraquecer a democracia e limitar o papel do Senado, o que ele considera inaceitável.

O papel do Senado na democracia

O senador enfatizou que é fundamental que o Senado mantenha sua capacidade de avaliar e admitir denúncias de forma independente. Ele alerta que, se a casa legislativa não agir para preservar seu papel, sairá ainda mais diminuta neste processo. Para Rogério, a atual configuração da lei não fortalece a República, mas sim abre espaço para a centralização do poder no Judiciário, o que pode ter consequências severas para a independência entre os poderes.

A argumentação de Marcos Rogério durante o Plenário reflete um descontentamento crescente entre os parlamentares em relação às decisões que, segundo eles, podem comprometer a autonomia do Legislativo e a separação de poderes, princípios fundamentais da democracia brasileira. O debate sobre o papel dos ministros e as regras de impeachment certamente continuará a ser um tema central nas discussões políticas futuras.

PUBLICIDADE

VIDEOS

TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: