Obituário da ativista que dedicou sua vida à igualdade racial
A ativista Maria Lúcia Simão Pereira, que lutou por igualdade racial, faleceu aos 76 anos em Fortaleza, no dia 13 de agosto de 2025.
Maria Lúcia Simão Pereira, uma notável ativista pela igualdade racial, faleceu aos 76 anos em Fortaleza, no dia 13 de agosto de 2025, vítima de infarto e AVC. Nascida na periferia de Fortaleza em 1949, Lúcia enfrentou o racismo desde a infância e dedicou sua vida à luta por justiça social e igualdade.
Pioneirismo na luta racial
Desde jovem, Lúcia se envolveu em grupos da Igreja Católica, onde despertou seu interesse pela vida religiosa. Sua trajetória se consolidou no Rio de Janeiro, onde se uniu à Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus e se formou em teologia. Ao perceber o preconceito racial, decidiu retornar ao Ceará, onde fundou o Grupo de União e Consciência Negra, promovendo a conscientização e o estudo da cultura afro-brasileira.
Contribuições significativas
Lúcia trabalhou por 40 anos no Hospital Universitário Walter Cantídio e se destacou como educadora, ajudando mais de 200 meninas a se tornarem profissionais de enfermagem. Ela também fundou o Maracatu Nação Iracema, um espaço cultural que promoveu a música e a tradição afro-brasileira.
Legado e memória
Deixa um legado de amor e resistência, sendo lembrada como uma mulher de fé e coragem. Lúcia é sobrevivida por seu marido e três filhos, além de quatro netos que continuarão a honrar sua memória e luta. Sua vida foi um testemunho da importância da fé na humanidade e da luta pela igualdade racial.