A apresentadora relembra medos e inseguranças vividos durante a crise sanitária global
A apresentadora Marina Demori relembra os medos e desafios enfrentados na cobertura da pandemia de Covid-19.
Desafios da cobertura jornalística na pandemia da Covid-19
A cobertura jornalística na pandemia da Covid-19 foi um período desafiador para muitos profissionais da comunicação, e a apresentadora Marina Demori não é exceção. Em uma entrevista ao Programa Flávio Ricco da LeoDias TV, realizada no dia 2 de dezembro, Marina revisitou as dificuldades enfrentadas durante o auge da crise sanitária global. A jornalista destacou que, mesmo jornalistas experientes, como ela, se sentiram abalados emocionalmente pela situação.
A situação era ainda mais delicada para Marina, que mantinha um relacionamento com um profissional da saúde, tornando sua rotina uma verdadeira montanha-russa de emoções. “Eu saía de casa todos os dias para trabalhar e, na época, tinha um relacionamento com uma pessoa da área da saúde. Tínhamos que administrar o contato com outras pessoas de forma muito cautelosa”, conta. O sentimento de isolamento foi intenso, especialmente pelo fato de a jornalista estar longe de sua família, que reside em Goiânia.
Adaptações e Medo
Os desafios não estavam apenas nas relações pessoais, mas também na própria rotina de trabalho. Marina destacou que, ao fazer reportagens em campo, era necessário seguir protocolos rígidos de segurança. “Usávamos máscara e, em determinadas ocasiões, um visor na frente do rosto. O contato era limitado apenas ao meu cinegrafista e membros da equipe”, relembrou. Essa realidade exigia adaptações constantes e criativas para manter a informação fluir, mesmo com as restrições em vigor.
A memória emocional desse período é intensa para muitos jornalistas que estiveram na linha de frente trazendo notícias em um momento de crise. Marina recordou que, durante sua cobertura, presenciou cenas que marcaram sua trajetória. “Foi um período de muito medo. Tive que ir até as portas dos hospitais mostrando a situação alarmante e fazer matérias com pessoas que perderam seus parentes”, desabafou. A responsabilidade informativa tornou-se uma carga pesada, mas necessária para manter a população bem informada.
Impacto Pessoal
O impacto emocional foi ainda mais profundo para a apresentadora ao enfrentar a internação de seu pai durante o pico da pandemia. “Graças a Deus, não perdi ninguém na família, mas meu pai ficou 17 dias entubado. Foi um momento crítico, pois os hospitais estavam lotados e a incerteza era devastadora”, revelou Marina. Esse episódio particular reflete a intersecção entre a vida profissional e os laços familiares, um dilema que muitos jornalistas viveram na pandemia.
Reflexões sobre o Presente
Agora, em 2025, o desafio da Covid-19 ainda persiste de forma diferente. Embora o número de casos e mortes tenha diminuído significativamente, especialistas alertam que o vírus continua circulando e que a mutação é uma preocupação constante. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, entre janeiro e setembro de 2025, foram registrados 7.114 casos graves e 1.080 óbitos no Brasil.
O testemunho de Marina Demori serve como um lembrete da responsabilidade e do peso emocional que a cobertura jornalística pode acarretar. As lições aprendidas durante esse período de crise continuam a ressoar no presente, e a discussão sobre a saúde mental dos profissionais de mídia é mais relevante do que nunca.
Fonte: portalleodias.com
Fonte: LeoDias TV)


