A representante questiona se o ex-presidente ainda é fiel à agenda 'America First'
Marjorie Taylor Greene se posiciona como crítica da política externa de Trump, questionando seu compromisso com a agenda 'America First'.
Marjorie Taylor Greene critica Trump sobre suas viagens internacionais
Em meio a uma divisão crescente no Partido Republicano, Marjorie Taylor Greene, uma das aliadas mais notórias de Donald Trump, questionou se o ex-presidente ainda é o verdadeiro defensor da agenda ‘America First’. Em entrevistas recentes, Greene expressou sua preocupação de que Trump tenha se afastado dos princípios que inspiraram sua própria eleição ao Congresso em 2022. Ela enfatiza que a prioridade deve ser a economia e as necessidades dos americanos, em vez de se envolver em assuntos internacionais.
Greene, que se tornou uma figura central no debate sobre o futuro do Movimento MAGA, afirmou que muitos americanos estão desinteressados nas questões externas e que a constante interação com líderes estrangeiros não está ajudando a população. “Ninguém se importa com os países estrangeiros. Ninguém se importa com a quantidade interminável de líderes estrangeiros vindo à Casa Branca”, disse Greene.
A ascensão das críticas internas
Desde que Trump assumiu o cargo, ele realizou 14 viagens internacionais, incluindo paradas na Itália, Oriente Médio, Canadá, Ásia e Reino Unido. Isso contrasta com seu primeiro mandato, onde ele visitou 27 estados até o mesmo ponto. Greene critica essa abordagem, afirmando que o foco deve ser em resolver os problemas que afetam diretamente os americanos, especialmente os jovens, que enfrentam dificuldades econômicas e de moradia.
“Nós não elegemos o presidente para viajar pelo mundo e terminar com as guerras estrangeiras”, disse Greene. “Precisamos parar de enviar dólares e armas para guerras que não nos dizem respeito.”
Divisão no Partido Republicano
A crítica de Greene à política externa de Trump reflete uma tendência mais ampla dentro do Partido Republicano, onde muitos membros questionam o quanto os EUA devem se envolver em questões internacionais. Pesquisas recentes mostram que a maioria dos republicanos acredita que Trump tem cumprido suas promessas em relação à política externa, mas a pressão de figuras como Greene pode mudar essa narrativa.
Analistas políticos notam que, enquanto os eleitores não sentirem os custos diretos das intervenções externas, a dissidência dentro do movimento pode permanecer limitada. Contudo, a crescente ansiedade econômica entre os americanos pode mudar esse cenário.
O impacto das preocupações econômicas
Greene ressaltou que muitos jovens americanos, incluindo seus próprios filhos, estão enfrentando um futuro incerto. “Eles não acreditam que algum dia conseguirão comprar uma casa”, comentou, referindo-se à crise de habitação que afeta a geração mais jovem. Essa mensagem tem ressoado com outros membros do partido, especialmente após resultados eleitorais decepcionantes para os republicanos.
Apesar das críticas, Trump continua a enfatizar a importância de suas visitas internacionais para a construção de um legado global. Em resposta às críticas de Greene, o ex-presidente afirmou que a presidência deve ser vista como uma responsabilidade mundial. “Quando você é presidente, você realmente precisa acompanhar o mundo, porque será arrastado para ele”, declarou Trump.
Conclusão
O confronto entre Greene e Trump destaca a evolução do Movimento MAGA e a luta interna do Partido Republicano sobre a direção que deve tomar. À medida que a economia se torna uma preocupação central para os eleitores, figuras como Greene podem desempenhar um papel crucial na definição do futuro da agenda republicana, tentando equilibrar os interesses nacionais com as realidades globais.
Fonte: www.nbcnews.com
Fonte: U.S. President Trump Arrives In South Korea