McLaren supera crise financeira e impulsiona negócio da F1

Lando Norris, Oscar Piastri e McLaren

A trajetória de recuperação da equipe britânica confirma seu potencial no automobilismo

McLaren F1 renasce após dificuldades financeiras e conquista novos patamares de receita e valor de mercado.

McLaren F1: Uma nova era de sucesso e recuperação financeira

A McLaren F1, uma das equipes mais icônicas do automobilismo, tem se destacado não apenas pelas suas conquistas nas pistas, mas também pela sua impressionante recuperação financeira. No último Grande Prêmio de Singapura, realizado em outubro, os pilotos Lando Norris e Oscar Piastri terminaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente, solidificando a posição da equipe na luta pelo campeonato de construtores. Com essa performance, Zak Brown, CEO da McLaren Racing, se deparou com uma importante decisão: como comemorar adequadamente esse sucesso?

A trajetória da McLaren nos últimos anos é um testemunho de resiliência. Em 2019, a equipe tinha um valor estimado em US$ 620 milhões, mas enfrentava um prejuízo operacional de US$ 137 milhões. Agora, seis anos depois, esse valor saltou para impressionantes US$ 4,4 bilhões, com uma receita de US$ 614 milhões em 2024. Essa virada se deve, em grande parte, à implementação de um teto de gastos na Fórmula 1, que permitiu um controle mais eficaz sobre os custos.

A estratégia comercial de Zak Brown

Zak Brown, que assumiu a liderança da equipe em 2018, trouxe uma nova abordagem comercial que revolucionou a forma como a McLaren opera. Em vez de se concentrar apenas nas vitórias para atrair patrocinadores, Brown optou por uma estratégia mais agressiva, priorizando a visibilidade e o relacionamento com os parceiros comerciais. Com isso, cerca de 70% a 75% da receita da equipe agora provém de operações comerciais, em vez de prêmios e direitos de mídia.

Entre os parceiros estratégicos, destacam-se marcas como Google, Cisco e Lego, que têm contribuído significativamente para o crescimento financeiro da equipe. Brown descreve sua abordagem como um “flywheel”, onde o investimento em parcerias resulta em mais recursos para engenharia e sucesso nas pistas.

Novos patamares de patrocínio e investimentos

Recentemente, a McLaren anunciou um acordo histórico com a Mastercard, que se tornará a patrocinadora titular da equipe no próximo ano, com um investimento estimado em US$ 100 milhões anuais. Este contrato é considerado o maior já firmado pela McLaren e representa a confiança crescente de investidores na equipe.

Além disso, a McLaren está expandindo suas operações e explorando novas oportunidades, incluindo a entrada em outras competições automotivas. No entanto, Brown permanece cauteloso, ciente de que a competição na Fórmula 1 é feroz e que o sucesso pode ser efêmero. Ele enfatiza a importância de manter os pés no chão e não permitir que as expectativas superem a realidade.

O legado da McLaren e o futuro

A McLaren, que já foi uma potência dominante na Fórmula 1, trouxe inovações significativas ao longo de sua história, incluindo o primeiro chassi de fibra de carbono. No entanto, a equipe enfrentou desafios nos últimos anos, culminando em um período de reestruturação e reinvenção. Com o apoio de seus patrocinadores e uma sólida estratégia de marketing, a McLaren está novamente em ascensão.

Apesar das dificuldades que podem surgir, como novas regulamentações técnicas e um ambiente competitivo em constante mudança, a McLaren está bem posicionada para um futuro brilhante. Zak Brown sonha grande e vislumbra um faturamento de US$ 1 bilhão, um marco que apenas algumas das equipes esportivas mais valiosas do mundo alcançaram. Embora não seja uma meta imediata, é uma ambição que reflete a determinação e a visão renovada da McLaren F1.

Fonte: www.forbes.com

Fonte: Lando Norris, Oscar Piastri e McLaren

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