Investigação aponta falsidade ideológica em documentos da profissional
Médica que atendeu Benício é investigada por falsidade ideológica e falta de registro na especialidade.
Caso Benício: um trágico erro médico em Manaus
A investigação em torno da morte de Benício, ocorrida no dia 23 de novembro, após uma overdose de adrenalina administrada em ambiente hospitalar, se intensifica. A polícia está dedicando atenção especial ao papel da médica que atendeu o menino, Juliana Brasil, a qual é acusada de ter exercido a medicina de maneira irregular. Segundo o delegado Marcelo Martins, a profissional é investigada por falsidade ideológica, uma vez que utilizou o termo “pediatria” em documentos oficiais sem ter a devida especialização.
Questões legais sobre a atuação médica
De acordo com a legislação vigente, um médico só pode se apresentar como especialista se possuir título reconhecido ou ter concluído uma residência na área. A conduta de Juliana, portanto, é considerada crime, conforme afirmado pelo delegado Martins. O inquérito, que já ouviu mais de 20 funcionários do hospital, também analisará o papel de outros profissionais envolvidos no atendimento, visando esclarecer a responsabilidade total pela tragédia.
Irregularidades no Hospital Santa Júlia
Um dos pontos cruciais revelados nas investigações é a ausência de um farmacêutico no momento do atendimento a Benício. Uma técnica de enfermagem mencionou que não havia profissional da farmácia atuando no pronto-socorro pediátrico. A enfermeira que se encontrava em serviço declarou que trabalhava sozinha e não possuía formação regulamentada. Essa situação levanta preocupações sobre a responsabilidade e os protocolos de segurança adotados pelo hospital.
Alternativas e dificuldades enfrentadas
Adicionalmente, o delegado Martins apontou que a função de “auxiliar de farmácia” não é reconhecida pelo Conselho de Farmácia, sendo o procedimento adotado pelo hospital, de certa forma, uma adaptação irregular que pode ter contribuído para a fatalidade. Outro aspecto alarmante foi a carga de trabalho dos enfermeiros, com três deles atendendo cinco setores simultaneamente, o que sugere uma sobrecarga que pode ter levado a falhas no atendimento.
Próximos passos da investigação
O inquérito continua, e novas oitivas, inclusive da médica Juliana Brasil, estão previstas. O objetivo é traçar um quadro claro sobre as responsabilidades individuais e institucionais no trágico caso de Benício. A investigação é um passo necessário para garantir a justiça e evitar que casos semelhantes ocorram novamente no futuro.
As também relatadas falhas administrativas e estruturais do Hospital Santa Júlia exigem uma revisão urgente das práticas de atendimento pediátrico, para que tragédias como essa não se repitam. O caso destaca a importância de formação e registros adequados para todos os profissionais da saúde, onde a segurança dos pacientes deve ser sempre a prioridade.
Fonte: baccinoticias.com.br
Fonte: Arquivo pessoal



