Medidas de Moraes para réus do núcleo 3 vão a julgamento no STF

Ações determinadas por Moraes para garantir a presença dos réus no tribunal

Moraes impõe medidas para que dois réus do núcleo 3 do golpe de Estado compareçam ao julgamento no STF.

No dia 10 de novembro de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu por medidas rigorosas para garantir que dois réus do núcleo 3 da trama de golpe de Estado, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Bernardo Romão Correa Neto, compareçam ao julgamento. Este julgamento, marcado para começar na terça-feira (11/11), é uma etapa crucial nas investigações que envolvem ações de monitoramento e planejamento de ataques contra autoridades, incluindo o próprio Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As determinações de Moraes incluem o deslocamento dos réus sob escolta policial, permitindo que eles se movimentem apenas entre o local em que estão custodiados e o tribunal. Além disso, os réus estão proibidos de conceder entrevistas, uma medida que visa controlar a comunicação e evitar possíveis influências externas durante o processo judicial.

Acusações e contexto do julgamento

O núcleo 3 da trama golpista é composto por nove militares e um agente da Polícia Federal. Todos são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participação em ações que visavam desestabilizar o Estado democrático de direito. Entre as acusações, destacam-se a tentativa de golpe de Estado e a formação de uma organização criminosa armada. Caso condenados, os réus enfrentarão penas proporcionais a suas participações nos crimes elencados.

Os integrantes do núcleo incluem figuras de destaque como:

  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército)
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército)
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército)
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército)
  • Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército)
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército)
  • Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército)
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército)
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)

O impacto do julgamento

A primeira sessão do julgamento está programada para ocorrer em um ambiente de alta tensão, dado o histórico de ameaças e ações violentas atribuídas aos réus. O julgamento ocorrerá em um formato que garante a segurança de todos os presentes, além de assegurar a integridade do processo judicial. As próximas sessões estão agendadas para os dias 12, 18 e 19 de novembro, o que indica que este será um processo judicial prolongado e minuciosamente monitorado pelas autoridades e pela opinião pública.

Enquanto isso, a expectativa em torno do desfecho desse julgamento é alta, com muitos observadores do cenário político e jurídico do Brasil atentos à forma como o STF lidará com um caso que envolve figuras de destaque das forças armadas e questões cruciais para o futuro da democracia no país.

Conclusão

O julgamento de Rodrigo Bezerra de Azevedo e Bernardo Romão Correa Neto representa não apenas um teste para a justiça brasileira, mas também um momento decisivo para a segurança e estabilidade do Estado democrático de direito. As medidas impostas por Moraes são um indicativo da seriedade com que o STF está tratando a questão, refletindo a importância de um processo judicial justo e transparente.

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