Ação policial envolve mais de 600 agentes em busca de 190 alvos relacionados ao setor
Megaoperação deflagrada nesta quinta-feira investiga fraudes em empresas de combustíveis, com prejuízo estimado em R$ 26 bilhões.
Megaoperação Poço de Lobato busca combater fraudes no setor de combustíveis
Na manhã desta quinta-feira (27), policiais civis, militares e outras autoridades deflagraram a megaoperação batizada de Poço de Lobato, que tem como foco investigar fraudes bilionárias em empresas ligadas ao Grupo Refit e ao setor de combustíveis. A operação conta com a participação de mais de 600 agentes, incluindo promotores de Justiça e auditores fiscais da Receita Federal.
Alvos da operação e abrangência
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em vários estados do Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e no Distrito Federal. A ação investiga 190 alvos que são suspeitos de integrar uma organização criminosa e de cometer crimes contra a ordem econômica e tributária, além de lavagem de dinheiro.
Prejuízos estimados em R$ 26 bilhões
As autoridades identificaram que o esquema fraudulento causou um prejuízo estimado em R$ 26 bilhões aos cofres públicos estaduais e federais. Durante as investigações, ficou claro que as companhias ligadas aos suspeitos se apresentavam como intermediárias para evitar o pagamento do ICMS devido ao Estado de São Paulo. Isso gerou repetidas infrações fiscais e o uso de empresas interligadas, além da simulação de vendas interestaduais de combustíveis.
Ações legais e bloqueios financeiros
Em resposta às fraudes, medidas legais foram implementadas, resultando no bloqueio de mais de R$ 10 bilhões contra todos os integrantes do grupo investigado. O uso de fintechs e fundos de investimento para operacionalizar as fraudes foi semelhante ao que ocorreu na operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto.
Desdobramentos futuros
As investigações estão em andamento e as autoridades continuam a apurar os detalhes do esquema que envolve o setor de combustíveis. O Money Times busca contato com o Grupo Refit para obter mais informações sobre a situação. O desdobramento dessa megaoperação pode resultar em novas ações legais e um aprofundamento nas investigações sobre o uso de empresas de fachada e outros métodos utilizados para fraudar o sistema tributário brasileiro.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: divulgação governo de SP