Megaoperação tem resultado limitado contra o Comando Vermelho

Avaliação do capitão da PMRJ destaca falhas na operação

A megaoperação no Rio de Janeiro teve um resultado considerado "ínfimo" no combate ao Comando Vermelho, segundo o capitão da PMRJ, Daniel Ferreira de Souza.

Em 6 de novembro de 2025, o capitão e subsecretário de Inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Daniel Ferreira de Souza, afirmou que a megaoperação realizada na semana passada teve resultado considerado “ínfimo” em relação ao Comando Vermelho (CV), apesar dos “números impressionantes”. A operação, deflagrada em 28 de outubro, foi avaliada de forma crítica durante audiência na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) do Senado.

Importância simbólica da operação

Durante sua fala, Ferreira destacou que a operação foi significativa a nível simbólico, mostrando a capacidade do Estado de entrar em áreas antes consideradas inatingíveis. Essa retórica, segundo ele, era frequentemente utilizada pelo CV para atrair lideranças de outros estados. Embora a operação não tenha resolvido o problema da criminalidade, ela desafiou a narrativa do CV e demonstrou a presença do Estado em locais dominados pelo crime organizado.

Números da operação

A megaoperação resultou em pelo menos 121 mortes, tornando-se a mais letal da história do estado. Dentre os mortos, estavam quatro policiais, dois civis e dois militares. Cerca de 2,5 mil agentes das Forças de Segurança participaram da ação, que visava desarticular a estrutura do CV e apreender armamentos, como fuzis. Ao final, 99 pessoas foram presas, sendo 17 delas por mandados e 82 em flagrante.

Desdobramentos e implicações

Apesar dos esforços, a avaliação do capitão Ferreira sugere que mudanças estruturais são necessárias para enfrentar o crime organizado no Rio de Janeiro. O governo deve reavaliar suas estratégias de combate ao CV, considerando que a operação não trouxe os resultados esperados em termos de desarticulação da facção criminosa.

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