Menino brasileiro inicia terapia após mutilação em escola de Portugal

SED/divulgação

Acompanhamento psicológico é fundamental para a recuperação do garoto de 9 anos

Menino de 9 anos inicia terapia após sofrer mutilação em escola em Portugal.

A família do menino brasileiro, de 9 anos, que teve as pontas de dois dedos mutiladas na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, Portugal, iniciará acompanhamento psicológico nesta semana. O caso ocorreu no dia 10 de novembro e gerou grande repercussão, levando as autoridades a abrirem investigações para apurar as circunstâncias do incidente. A Inspeção-Geral da Educação confirmou a abertura de um processo formal, enquanto o Agrupamento de Escolas de Souselo instaurou um inquérito interno.

A mãe do menino, Nívia Estevam, de 27 anos, expressou sua preocupação com a falta de contato por parte das autoridades. Até o momento, o único apoio recebido foi do Consulado do Brasil no Porto, que ofereceu suporte psicológico e jurídico. “O José vai ser atendido presencialmente e eu por videochamada”, disse Nívia, detalhando que ele continuará com o mesmo curativo até a próxima cirurgia marcada para o dia 19.

O acidente, que Nívia acreditava ser leve ao receber um telefonema da escola, revelou-se muito mais grave ao chegar ao colégio. Encontrou o filho com a mão ensanguentada e enfaixada. A situação se agravou quando, dentro da ambulância, um bombeiro lhe entregou o que restou de um dos dedos do menino. O garoto foi submetido a uma cirurgia de três horas no Hospital de São João, mas não foi possível reconstituir as pontas de seus dedos amputados.

Segundo o relato do menino, o ferimento ocorreu quando duas crianças fecharam a porta do banheiro sobre seus dedos, impedindo sua saída para buscar ajuda. Além disso, a mãe revelou que ele já havia sofrido outras agressões por colegas, como puxões de cabelo e chutes, que agora estão sendo investigadas.

Devido à repercussão do caso, a família decidiu mudar de casa e cidade, buscando um novo ambiente seguro. Atualmente, estão temporariamente na casa de parentes. “Nós não iremos voltar para casa. O José não vai voltar para aquela escola”, afirmou Nívia, que ainda procura uma nova residência.

Enquanto a rotina da família se reorganiza, o menino passa os dias assistindo TV, longe das redes sociais. A mãe relatou que muitos amigos têm oferecido apoio, o que tem trazido um pouco de felicidade ao garoto. No entanto, as noites têm sido difíceis, com o menino tendo pesadelos constantes, levando a família a medicá-lo para que consiga dormir. “Ele tem medo… não sei explicar”, desabafou Nívia.

Em meio a essa turbulência, Nívia recebeu a notícia de que está grávida, o que deveria ser motivo de alegria, mas se tornou mais um desafio em um momento tão difícil. Ela espera que o acompanhamento psicológico ajude o filho a superar o trauma, desejando que ele possa voltar a brincar e sorrir como uma criança. “Só quero que cuidem do trauma dele. Que ele volte a brincar, a sorrir, a ser criança”, concluiu a mãe.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: SED/divulgação

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