A aversão ao risco global impacta o setor de criptomoedas
Após sanções da China a empresas americanas, o mercado de criptomoedas voltou a cair na terça-feira (14), com Bitcoin cotado a US$ 110.579.
Na terça-feira (14), o mercado de criptomoedas enfrentou nova queda, com o Bitcoin (BTC) cotado a US$ 110.579, o que representa uma baixa de 3,4% nas últimas 24 horas. O movimento é reflexo de um aumento na aversão ao risco global, após a China anunciar novas sanções contra empresas americanas, impactando negativamente o setor e levando investidores a buscar ativos mais seguros.
Números e indicadores do caso
Além do Bitcoin, o Ethereum (ETH) também registrou queda de 4,3%, enquanto a BNB recuou 10,5%. O valor total do mercado cripto caiu para US$ 3,86 trilhões, abaixo dos mais de US$ 4 trilhões registrados anteriormente. Dados da Coinglass indicam que houve US$ 627 milhões em liquidações, com a maior parte das perdas ocorrendo no Ethereum, totalizando US$ 185 milhões.
Contexto das sanções chinesas
As sanções da China foram direcionadas a cinco subsidiárias americanas da sul-coreana Hanwha Ocean, em resposta às ameaças tarifárias dos Estados Unidos. O Ministério do Comércio chinês declarou que essas empresas “apoiaram atividades investigativas do governo dos EUA que ameaçam a soberania e os interesses de desenvolvimento da China”. Essa escalada nas tensões comerciais entre as duas potências impactou negativamente o mercado global.
Impactos nas bolsas e no Brasil
As novas tensões derrubaram os futuros das bolsas de Nova York, com o S&P 500 em queda de 0,9% e o Nasdaq recuando 1,1%. No Brasil, o Ibovespa caiu 0,29%, enquanto o dólar à vista avançou 0,77%, cotado a R$ 5,50. O aumento da percepção de risco também refletiu nos juros futuros, que subiram em meio à expectativa pela audiência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Senado.