O mercado brasileiro de soja apresentou pouca movimentação nesta quarta-feira, com negócios pontuais e ritmo lento nos portos. A queda nos contratos futuros em Chicago e a desvalorização do dólar contribuíram para a falta de reação, apesar dos prêmios ainda se manterem firmes. No mercado spot, as cotações tiveram leve queda, refletindo a baixa oferta do grão.
No interior do país, os preços da soja seguem desvinculados da lógica da paridade de exportação, com as referências locais ditando os valores. Amplos spreads entre vendedores e compradores, em alguns casos variando de R$ 5 a R$ 6, dificultam o fechamento de novos negócios, mesmo com um basis considerado atrativo para o produtor. A oferta continua restrita, com os produtores retendo a soja e pressionando a indústria, enquanto os compradores se mostram cautelosos diante das margens apertadas, resultando em um mercado travado e com poucos volumes sendo negociados.
Em relação aos preços em diferentes regiões do Brasil, Passo Fundo (RS) e Santa Rosa (RS) mantiveram-se estáveis em R$ 132,00 e R$ 133,00, respectivamente. Rio Grande (RS) apresentou queda, passando de R$ 141,00 para R$ 139,00. Cascavel (PR) registrou alta, subindo de R$ 133,00 para R$ 134,00. Paranaguá (PR) teve leve recuo, de R$ 140,00 para R$ 139,00. Rondonópolis (MT) também apresentou aumento, de R$ 122,00 para R$ 123,00. Dourados (MS) teve queda, de R$ 123,00 para R$ 121,50, enquanto Rio Verde (GO) subiu de R$ 123,00 para R$ 125,00.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja encerraram o dia em baixa, após um início positivo. O recuo foi influenciado por fundamentos mais fortes no mercado, especialmente a queda de mais de 1% no farelo. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos continua a pressionar as cotações, sinalizando uma safra cheia e um aumento da oferta global. O mercado também aguarda o próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato de setembro da soja em grão caiu 6,00 centavos, fechando a US$ 9,65 1/2 por bushel. A posição de novembro encerrou a US$ 9,84 1/2 por bushel, com uma perda de 6,25 centavos. No farelo, o contrato de setembro caiu US$ 4,40, fechando a US$ 272,60 por tonelada. O óleo com vencimento em setembro fechou em 53,72 centavos de dólar, com uma baixa de 0,05 centavo.
O dólar comercial fechou com uma queda de 0,77%, cotado a R$ 5,4631 para venda e R$ 5,4611 para compra.
