Expectativas altas com encontros entre líderes globais e impactos no cenário econômico
Mercado se anima com encontros entre líderes globais, enquanto aguarda a decisão do Federal Reserve.
O mercado financeiro inicia a semana de decisão do Federal Reserve, na quarta-feira (29), com foco no cenário político. Ou melhor, geopolítico. Enquanto o noticiário doméstico destaca a reunião entre os presidentes Lula e dos Estados Unidos, Donald Trump, ontem, o mundo está de olho em outro encontro: entre Trump e Xi Jinping, na quinta-feira (30).
Expectativas com encontros entre líderes
Relatos de uma conversa “franca e construtiva” entre Lula e Trump alimentam esperanças de uma “solução definitiva” em relação ao tarifaço e às sanções aplicadas contra produtos e autoridades brasileiras. A repercussão aqui da reunião dos dois líderes das maiores economias da América ofuscou outro encontro tão importante quanto. O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, reuniu-se em Kuala Lumpur com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, antes do grande encontro entre Trump e Xi, em Seul.
Efeitos no mercado
É isso o que anima os mercados globais nesta segunda-feira (27). O mundo testemunha, cada vez mais, o deslocamento do centro dinâmico global do Ocidente para o Oriente. E isso prova que o multilateralismo está ganhando força frente à hegemonia de uma única superpotência. O apagão de dados sobre a economia dos EUA há quase um mês é uma preocupação secundária, assim como a inflação, que não teve efeito sobre os cortes consecutivos esperados na taxa de juros até dezembro.
Movimentações das bolsas
Os índices futuros das bolsas de Nova York iniciaram a semana em alta, na esteira dos dados de inflação nos EUA (CPI) e relatos sobre um novo acordo comercial sino-americano. Na Europa e na Ásia, o dia também é positivo. Entre as moedas, o dólar perde terreno em relação às moedas rivais, com o índice DXY caindo abaixo de 99 pontos. Nas commodities, o petróleo recua, enquanto o minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de quase 2%, reavendo o patamar de US$ 110. Já o ouro cai, e entre as criptomoedas, o Bitcoin avança.