A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, com um crescimento surpreendente de 3,8%, provocou uma onda de recalibração nas expectativas dos mercados financeiros globais em relação à política monetária do Federal Reserve (Fed). As apostas em cortes agressivos nas taxas de juros pelo banco central americano diminuíram consideravelmente. As projeções atuais indicam uma probabilidade de 64% de um corte de 0,50 ponto percentual até dezembro.

Simultaneamente, o dólar americano fortaleceu-se no cenário internacional, exercendo pressão sobre as bolsas de valores e o mercado de commodities. No Brasil, o Ibovespa registrou uma queda de 0,81%, fixando-se em 145 mil pontos. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,36.

Investidores e analistas aguardam com atenção a divulgação do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) nos Estados Unidos, um importante indicador de inflação, bem como a nota do setor externo divulgada pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Ambos os dados podem influenciar ainda mais as expectativas em relação ao futuro das taxas de juros e do desempenho dos mercados.