Um estudo recente revelou que a exposição a microplásticos em ambientes internos, como residências e veículos, pode ser significativamente maior do que se imaginava. A pesquisa, realizada, analisou amostras de ar e encontrou níveis alarmantes dessas partículas invisíveis a olho nu.
Em média, foram detectados 528 microplásticos por metro cúbico dentro de casas e impressionantes 2.238 microplásticos por metro cúbico dentro de carros. Uma parcela significativa, cerca de 94%, dessas partículas é pequena o suficiente para alcançar as profundezas dos pulmões.
A origem desses microplásticos reside na degradação de materiais plásticos comuns em residências e automóveis, incluindo cortinas, tapetes, pinturas e componentes automotivos. O calor, a fricção e a exposição à luz solar aceleram esse processo de degradação, liberando as partículas no ar.
Embora os efeitos a longo prazo da inalação dessas partículas ainda estejam sendo investigados, estudos preliminares indicam a presença de microplásticos em diversos tecidos e órgãos humanos, como pulmões, fígado e cérebro. A presença dessas partículas foi inclusive associada a um maior risco de infarto e AVC.
Considerando que passamos a maior parte do tempo em ambientes fechados, a exposição contínua a microplásticos representa uma preocupação crescente. Para mitigar esse risco, especialistas recomendam ventilar frequentemente os ambientes internos, reduzir o uso de objetos plásticos, substituir materiais sintéticos por opções mais duráveis e evitar aquecer alimentos em recipientes plásticos. Essas medidas simples podem contribuir para diminuir a exposição e proteger a saúde.