Análise do desempenho das ações da Minerva Foods
As ações da Minerva Foods (BEEF3) caíram 10,65%, apesar de um lucro de R$ 120 milhões no 3T25 e menor alavancagem.
Nesta quinta-feira (6), as ações da Minerva Foods (BEEF3) recuaram 10,65%, cotadas a R$ 6,63, por volta das 11h, após o frigorífico reportar um lucro de R$ 120 milhões no 3T25 e a menor alavancagem desde 2022. Apesar da queda, é importante ressaltar que a ação acumulava uma alta de quase 10% nos últimos 30 dias, impulsionada por perspectivas positivas do mercado.
Análise de desempenho e expectativas
Analistas do BB Investimentos, que recomendam compra com um preço-alvo de R$ 8 para 2026, consideraram os números positivos, embora a pressão sobre os custos tenha reduzido a rentabilidade operacional. O destaque, segundo a analista Georgia Jorge, foi a forte geração de caixa operacional e a diminuição da alavancagem financeira.
Potencial para dividendos
De acordo com a análise do Safra, a alavancagem financeira de 2,5x dívida líquida/Ebitda, resultante do recente aumento de capital e de uma execução operacional sólida, reduz os riscos para a tese. Os analistas Ricardo Boiati, Rafael Une e Thiago Marmo mantêm a recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 8,50.
Crescimento de receita
A Minerva apresentou um crescimento significativo de receita, impulsionado por aumentos nos volumes anuais, especialmente no Brasil (+79%), Argentina (+52%) e Uruguai (+46%), compensando as quedas no Paraguai (-11%) e Austrália (-49%). O BTG Pactual destacou que a geração de caixa livre de R$ 2,5 bilhões no 3T25 superou as expectativas do mercado, sendo impulsionada por uma liberação de capital de giro.
Questões sobre sustentabilidade
Os analistas do BTG Pactual, que mantêm uma recomendação neutra para a ação com preço-alvo de R$ 8, questionam a sustentabilidade dessa geração de caixa excepcional, uma vez que a Minerva financia mais de dois meses de vendas via clientes e fornecedores. Eles se perguntam se parte desse financiamento será revertido e substituído por dívidas financeiras tradicionais.
Fonte: www.moneytimes.com.br