Alexandre Silveira se posiciona contra discussão de anistia no Congresso e prioriza questões urgentes
O ministro Alexandre Silveira se opõe à anistia a Bolsonaro, enfatizando a necessidade de focar em problemas reais.
Silveira se posiciona contra anistia a Bolsonaro
No último dia 25 de novembro de 2025, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou sua clara oposição à discussão sobre a anistia a Jair Bolsonaro no Congresso Nacional. Durante uma entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, Silveira abordou a questão da prisão preventiva do ex-presidente, decretada no dia 22 de novembro, e o crescente apelo da base bolsonarista para retomar essa pauta polêmica.
A proposta de anistia, que se refere aos condenados pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, tem gerado intensos debates políticos. O senador Flávio Bolsonaro, por exemplo, já se manifestou a favor de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que a proposta seja discutida. Essa movimentação é vista com preocupação pelo governo, que teme que a oposição obstaculize a pauta, assim como ocorreu em agosto, quando houve ocupação da Mesa Diretora.
A visão de Silveira sobre a política atual
“Estamos em um quadrante muito triste da política brasileira”, afirmou Silveira, sugerindo que a situação atual demanda foco em soluções práticas. Ele acredita que o Congresso deve priorizar assuntos que realmente afetam a vida do cidadão, como a votação do orçamento do próximo ano. Essa postura reflete uma tentativa de desviar a atenção das disputas partidárias e voltar-se para os problemas que realmente importam.
O contexto da prisão de Bolsonaro
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro está relacionada a um processo de coação, que inclui outros denunciados, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo. O ex-presidente, que já estava sob medidas cautelares desde julho, foi alvo de decisões judiciais que visam garantir sua presença e colaboração nas investigações, principalmente diante de riscos de fuga. A Polícia Federal, apoiada pela Procuradoria-Geral da República, argumentou que a aglomeração de apoiadores em frente à sua residência poderia facilitar uma tentativa de fuga.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes também fez menção à violação de medidas cautelares, incluindo a utilização de uma tornozeleira eletrônica. Um incidente envolvendo um vídeo, onde Bolsonaro aparece admitindo ter danificado o dispositivo, trouxe mais complicações à sua defesa.
Conclusão
A declaração de Silveira destaca a divisão e a complexidade do cenário político brasileiro atual. Enquanto a proposta de anistia continua a ser uma questão controversa, o ministro enfatiza a necessidade de priorizar questões que realmente impactam a vida dos cidadãos, evidenciando a urgência de se concentrar em soluções efetivas e práticas para os desafios do país.