Relatório sugere que a detecção de vida no Planeta Vermelho é prioridade
Relatório indica que as primeiras missões a Marte devem focar na busca por vida.
Relatório destaca a importância da busca por sinais de vida em Marte
O mais recente relatório elaborado pelas Academias Nacionais dos Estados Unidos afirma que as primeiras missões humanas a Marte devem se concentrar na busca por sinais de vida, tanto passados quanto presentes. Essa recomendação figura como a prioridade maior no documento intitulado “Uma Estratégia Científica para a Exploração Humana de Marte”, lançado em 9 de dezembro. A pesquisa sugere que a detecção de vida em Marte se tornou um objetivo essencial para os exploradores de diversas disciplinas.
Objetivos científicos das missões a Marte
O relatório, com 240 páginas, estabelece 11 objetivos científicos que as futuras missões devem perseguir. O primeiro, sem dúvida, é a busca por sinais de vida, seguido por outros objetivos que incluem a caracterização dos ciclos de água e dióxido de carbono em Marte, e a avaliação das condições de habitabilidade do planeta. Outros objetivos relevantes incluem o mapeamento da geologia marciana e a análise do impacto do ambiente em relação à saúde física e psicológica dos astronautas.
Propostas de campanhas para exploração
As Academias Nacionais propõem quatro campanhas de três missões que poderiam atingir todos os objetivos estabelecidos. A campanha principal sugerida visa um local de baixa a média latitude que contenha gelo de superfície e geologia diversificada. Isso permitiria pesquisas focadas em ambientes habitáveis e a busca por química prebiótica, concentrando-se em áreas recentemente habitáveis e em camadas de gelo.
Outra campanha sugerida envolve a exploração do subsolo profundo, onde se acredita que existam bolsões de água líquida, realizando operações de perfuração até 3 milhas abaixo da superfície marciana. Todas as campanhas incluirão uma missão tripulada inicial de 30 sols, além de um voo de entrega de carga não tripulado e uma missão de astronautas que durará 300 sols.
Estrutura de um laboratório em Marte
Independentemente da forma que as missões humanas assumam, o relatório recomenda que a NASA construa um laboratório científico na superfície de Marte e transporte amostras do planeta de cada missão tripulada. Além disso, devem ser realizados esforços para coordenar missões robóticas e tripuladas, estabelecendo um “Cúpula de Colaboração de Agentes Humanos em Marte”.
Diretrizes de proteção planetária
O documento observa ainda que a busca pela vida marciana será limitada pelas diretrizes atuais de “proteção planetária”. Essas diretrizes visam minimizar o risco de contaminação de outros mundos com micróbios da Terra. Portanto, recomenda-se que a NASA colabore na evolução dessas diretrizes para permitir que os exploradores humanos realizem pesquisas em regiões que poderiam abrigar vida.
Conforme avançamos nas explorações de Marte, a busca por vida continua a ser um fator motriz que guiará as futuras missões e a compreensão do potencial habitável do Planeta Vermelho.


