Mobilização popular critica PL da Dosimetria

Protestos em várias capitais destacam a insatisfação com a aprovação do projeto de lei

Manifestantes se mobilizam nas ruas contra o PL da Dosimetria, que visa reduzir penas para condenados por atos antidemocráticos.

Neste domingo, 14 de dezembro de 2025, manifestações tomaram as ruas de várias capitais brasileiras, unindo milhares de pessoas em protesto contra o PL da Dosimetria. Este projeto de lei, que visa reduzir o cálculo das penas para condenados por atos golpistas, é visto como uma tentativa de anistia a figuras proeminentes do cenário político, como o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O cenário das manifestações

Os protestos ocorreram em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, onde a Avenida Paulista se tornou um dos pontos centrais de mobilização. O ato em São Paulo, por exemplo, foi marcado pela presença de representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos de oposição. Cartazes com mensagens como “Sem anistia para golpistas” e “Congresso inimigo do povo” foram amplamente exibidos, evidenciando o descontentamento popular em relação às decisões do legislativo.

Os manifestantes, em sua maioria mobilizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, clamaram por justiça e responsabilização dos envolvidos nos ataques à democracia. Juliana Donato, uma das organizadoras, expressou que a votação do PL na Câmara dos Deputados foi um catalisador para a mobilização, afirmando que a impunidade pode abrir precedentes para novos ataques ao Estado Democrático.

Detalhes do PL da Dosimetria

O PL da Dosimetria, que já passou pela Câmara, propõe uma redução significativa nas penas para crimes associados a tentativas de golpe. A expectativa é que, caso aprovado, o projeto permita que condenados como Bolsonaro cumpram penas drasticamente menores, o que gerou um sentimento de revolta nas ruas. De acordo com críticos, a proposta não apenas favorece figuras controversas, mas também enfraquece a resposta legal a crimes contra a democracia.

A votação do projeto foi marcada por controvérsias, incluindo a expulsão do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora por parte da Polícia Legislativa, um episódio que também se tornou alvo de críticas durante os protestos. A presença de artistas e figuras públicas, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, no ato em Copacabana, também destacou a importância cultural e política do movimento.

Impactos e consequências

A mobilização popular contra o PL da Dosimetria reflete um clima de insatisfação crescente com a atual composição do Congresso Nacional. Os manifestantes não apenas se opuseram ao projeto em si, mas também levantaram bandeiras contra outras pautas consideradas prejudiciais ao povo, como a questão do Marco Temporal e a tentativa de cassação do deputado Glauber Braga.

Angela Tarnapolsky, uma aposentada de 72 anos, resumiu o sentimento de muitos ao afirmar que a atual situação política é alarmante e que a luta pela democracia deve continuar. As comparações feitas entre a situação atual e períodos de repressão no passado indicam que a população está atenta e disposta a agir. “O povo deve dar as ordens”, afirmou, ressaltando o papel ativo que cada cidadão deve desempenhar na defesa da democracia.

Os protestos demonstram que a rejeição ao PL da Dosimetria é apenas uma parte de um movimento maior, que busca não só barrar propostas consideradas retrógradas, mas também exigir um Congresso que realmente represente os interesses do povo. A expectativa é que essa pressão popular possa influenciar a votação do projeto no Senado, onde ainda será deliberado. As manifestações de hoje são um claro sinal de que a sociedade civil está mobilizada e disposta a lutar por seus direitos.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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