Retirada das análises ocorre após investigações sobre gestão fraudulenta do Banco Master
Moody's retirou as avaliações de crédito do BRB em consequência de investigações sobre o caso Master.
A Moody’s retirou as avaliações de crédito do Banco de Brasília (BRB, BSLI3), em meio a investigações relacionadas ao Banco Master. Este fato tornou-se notícia devido à prisão de Daniel Vorcaro, dono do Master, por agentes da Polícia Federal, enquanto tentava embarcar para o exterior. A retirada dos ratings pela Moody’s vem após uma série de reavaliações e rebaixamentos, culminando em uma nota de B3, anteriormente B1, com revisão para novas considerações.
Cenário das investigações e suas implicações
As investigações centradas no Banco Master incluem acusações de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. No dia 18 de novembro, Vorcaro foi preso considerando a gravidade das acusações, embora posteriormente tenha sido liberado. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, que já enfrentava dificuldades operacionais há meses.
É importante ressaltar que, em março, o BRB anunciou a intenção de adquirir o Banco Master, mas o Banco Central vetou a operação devido a preocupações sobre as práticas de gestão do banco alvo. A Moody’s citou a falta de controles adequados de gestão de riscos como um fator decisivo para a nova avaliação negativa, destacando fraudes em aquisições significativas de carteiras de empréstimos.
Capitalização e rentabilidade do BRB
De acordo com a agência, a baixa capitalização do BRB é uma preocupação, evidenciada pelo índice regulatório CET1 de 8,1% registrado em junho de 2025. Além disso, a baixa rentabilidade do banco limita sua capacidade de absorver possíveis perdas. A Moody’s expressou que essas condições financeiras poderiam impactar a solidez do BRB no longo prazo.
No entanto, o Banco de Brasília reafirmou sua solidez financeira, destacando que mais de R$ 10 bilhões dos R$ 12,76 bilhões em exposição bruta a carteiras com documentação irregular já foram liquidadas ou substituídas. O BRB argumenta que o montante restante não representa uma exposição direta ao Banco Master, tentando tranquilizar investidores e stakeholders sobre sua saúde financeira.
Outras agências e repercussão do caso
A retirada das avaliações de crédito da Moody’s não é um caso isolado. Recentemente, a S&P Global Ratings também decidiu encerrar sua cobertura do risco de crédito de outra empresa, a Ambipar (AMBP3), após a empresa enfrentar dificuldades financeiras e solicitar proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos. Essa sequência de eventos sugere que o ambiente financeiro está cada vez mais desafiador, com instituições financeiras enfrentando maior escrutínio e riscos elevados relacionados a fraudes e má gestão.
A situação do BRB e do Banco Master destaca a importância da boa governança e da transparência nas operações bancárias, especialmente em um cenário onde a confiança do investidor e do consumidor é crucial para a estabilidade do mercado financeiro.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Agência


