Moradores de SJP se opõem a aumento de vereadores que custará R$ 14 milhões

Cidadãos criticam proposta de ampliação do Legislativo em São José dos Pinhais

Moradores de São José dos Pinhais criticam aumento de vereadores que custará R$ 14 milhões.

A proposta de aumentar o número de vereadores em São José dos Pinhais, que passaria de 21 para 23, gerou grande insatisfação entre os moradores. Em visita à Rua XV de Novembro, cidadãos expressaram sua desaprovação, considerando essa decisão um “absurdo e desnecessário”. O custo adicional estimado para os contribuintes é de R$ 14 milhões durante o mandato, um valor que poderia ser direcionado a áreas como saúde e educação, que enfrentam grandes desafios na cidade.

Votos na Câmara Municipal

A proposta recebeu 16 votos favoráveis na Câmara Municipal de São José dos Pinhais, e agora será submetida a uma nova votação nesta terça-feira (28). A justificativa para o aumento, segundo os vereadores, baseia-se na Constituição Federal, que permite a ampliação do número de cadeiras em municípios com populações entre 300 mil e 450 mil habitantes. Com 329.628 moradores, a cidade se encaixa nessa categoria.

Opiniões da população

Moradores como Lenilson, de 31 anos, e Edenilson, de 50, manifestaram preocupações sobre a real necessidade do aumento. Lenilson enfatizou que os recursos seriam melhor utilizados na saúde, enquanto Edenilson alertou sobre a necessidade de mais investimentos em áreas críticas, como as unidades de saúde que estão sempre lotadas. A aposentada Sônia, de 74 anos, também criticou a proposta, afirmando que o dinheiro deveria ser direcionado para melhorias na saúde, que atualmente é considerada insuficiente.

Impacto financeiro

A Câmara Municipal de São José dos Pinhais anunciou que o custo estimado com os dois novos vereadores será de cerca de R$ 150 mil por mês para cada um, totalizando R$ 14 milhões. Além disso, haverá necessidade de reformas e mobiliário para acomodar os novos gabinetes, elevando ainda mais os custos. As críticas da população refletem uma preocupação com a falta de planejamento orçamentário e a adequação dos gastos públicos, especialmente em tempos de crise.

A ampliação do número de cadeiras é vista como uma forma de aumentar a representatividade, mas os moradores questionam se isso realmente trará benefícios concretos para a comunidade.

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