Ministro do STF destaca materialidade dos crimes em julgamento
Alexandre de Moraes, do STF, rejeita preliminares e confirma materialidade dos crimes no núcleo 2.
O julgamento do núcleo 2 da trama golpista teve um desdobramento significativo com as declarações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma sessão marcada por tensões e debates acalorados, Moraes rejeitou todas as preliminares apresentadas pela defesa, reafirmando que não há dúvida sobre a materialidade dos crimes que envolvem os réus.
O contexto do julgamento
O julgamento foi retomado em 16 de dezembro de 2025, e Moraes, no exercício de seu papel como relator, enfatizou que os cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) possuem materialidade comprovada. Entre as acusações, destacam-se tentativas de abolição do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e danos a patrimônios públicos.
O ministro salientou que as evidências são contundentes e que a tentativa de golpe orquestrada por figuras proeminentes, incluindo o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, não pode ser ignorada. “Houve tentativa de golpe; houve organização criminosa chefiada pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro; houve dano ao patrimônio público; e houve deterioração de patrimônio tombado. Isso não há mais dúvidas”, afirmou Moraes.
Implicações para os réus
Após a fala do relator, a sessão prosseguiu com os outros ministros da Primeira Turma apresentando suas opiniões. A sequência de votos, que inclui os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, será crucial para a definição do futuro dos réus. Caso sejam condenados, a dosimetria das penas será feita de forma individualizada, o que pode resultar em penas severas para os envolvidos.
Reação e próximos passos
O clima na sala de audiência foi tenso, refletindo a gravidade das acusações e a importância do caso. A decisão de Moraes e os desenvolvimentos subsequentes no julgamento prometem repercussões significativas no cenário político brasileiro, especialmente considerando o papel de figuras públicas na suposta trama golpista. O desfecho deste julgamento pode moldar o futuro político do país e a percepção pública sobre a justiça em relação a crimes de tal magnitude.
A sociedade brasileira observa atentamente esses desdobramentos, na expectativa de que o STF seja firme em suas decisões, garantindo a integridade do Estado Democrático e a responsabilização de todos os envolvidos.



