Investigação foca na lavagem de dinheiro e infiltração no poder público
Alexandre de Moraes, do STF, determinou a abertura de um inquérito sobre crime organizado no RJ focando na lavagem de dinheiro e no poder público.
Em 6 de novembro de 2025, Rio de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, tomou a decisão de que a Polícia Federal deve abrir um inquérito para investigar a atuação do crime organizado na região. A determinação ocorreu durante um encontro no dia 5 de novembro, onde foram discutidas as consequências da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão no dia 28 de outubro, que resultou na morte de 121 pessoas, tornando-se a operação mais letal da história do Brasil.
Objetivos do inquérito
De acordo com o ministro, a investigação da PF se concentrará na apuração de esquemas de lavagem de dinheiro operados por facções e milícias, além de examinar a infiltração de organizações criminosas em esferas do poder público. O principal intuito é desarticular a estrutura financeira dessas facções, que têm causado sérios problemas sociais e de segurança no estado.
Reunião com representantes da sociedade civil
Durante a reunião, que durou cerca de 2 horas e 30 minutos, Moraes ouviu 29 representantes de entidades civis que já estão envolvidas no processo da ADPF das Favelas. A deputada estadual Dani Monteiro (PSol-RJ) destacou que um dos pontos levantados foi a necessidade de garantir uma perícia rigorosa das vítimas da operação. O ministro se comprometeu a garantir uma participação mais ativa do STF e a realização de perícias com acompanhamento federal, além de preservar todos os vestígios da operação, conforme solicitado pela Defensoria Pública da União (DPU).
Implicações e próximos passos
A abertura do inquérito pela PF é vista como uma resposta necessária às críticas sobre a letalidade da operação e tem como objetivo levar a transparência e responsabilidade aos procedimentos realizados. A expectativa é que as investigações revelem mais detalhes sobre a complexa rede de crime organizado no Rio de Janeiro e suas ligações com o poder público.
