Como a queda de uma baleia transforma a vida marinha
A morte de uma baleia inicia um ciclo de vida no fundo do mar, dando origem a novos ecossistemas. Este fenômeno, conhecido como "queda da baleia", atrai várias formas de vida.
Em 2 de novembro de 2025, a morte de uma baleia foi discutida como um evento que gera novos ecossistemas nas profundezas do mar, dando origem à “queda da baleia”, um fenômeno que enriquece o fundo do oceano.
Quando uma baleia morre, seu corpo afunda lentamente, iniciando um ciclo de vida que atrai diferentes formas de vida ao longo dos anos. A professora de biologia Camila Braga, do Colégio Objetivo, explica que o corpo se transforma em um banquete ecológico, atraindo criaturas como caranguejos, polvos e vermes.
Impacto ecológico da queda da baleia
O professor Hudson Monteiro, do Colégio Marista Champagnat, destaca que a decomposição do corpo gera um novo ecossistema. À medida que o corpo afunda, espécies adaptadas às grandes profundidades passam a ocupar a região. “Os ossos, por exemplo, são aproveitados por vermes do gênero Osedax, que extraem nutrientes das estruturas”, afirma.
Pesquisadores consideram as carcaças afundadas como verdadeiros laboratórios naturais, permitindo estudos sobre a importância ecológica das baleias. Milton Marcondes, um dos pesquisadores, menciona que as baleias ajudam a transportar nutrientes das águas frias para as tropicais, liberando nutrientes por meio de suas fezes e urina. Isso aumenta a produtividade marinha, beneficiando até mesmo espécies de interesse pesqueiro.
O papel das baleias na captura de carbono
Além de sua contribuição ao ecossistema marinho, as baleias também são importantes sequestradoras de carbono. De acordo com especialistas, elas estocam carbono e fertilizam os oceanos, estimulando o crescimento do fitoplâncton, que é crucial para a remoção de gás carbônico da atmosfera. Camila Braga ressalta que estudar esses “cemitérios” de baleias é essencial para entender processos ecológicos profundos.
Dessa forma, a morte de uma baleia não representa o fim, mas sim o início de um novo ciclo de vida que beneficia a biodiversidade marinha.
