Morte de criança por estreptococo em Curitiba

Saúde mantém aulas mesmo após caso grave

A morte de uma criança de seis anos em Curitiba por estreptococo não levou ao cancelamento das aulas na escola.

Nesta segunda-feira (27), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou a morte de uma criança de seis anos devido a uma infecção invasiva causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, conhecida como estreptococo do grupo A (iGAS). O óbito ocorreu no dia 24 e estava sob investigação. Apesar da seriedade da situação, a SMS optou por manter as aulas na escola da criança, sem recomendar suspensão para alunos assintomáticos, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde.

Ações de monitoramento e rastreio

Para prevenir a propagação da bactéria, a Vigilância Epidemiológica iniciou nesta segunda-feira uma ação de rastreio com os familiares e colegas próximos da criança. Os alunos da turma passaram por coletas de amostras com swab, um procedimento rápido e indolor, previamente comunicado aos pais pela escola. Marion Burger, médica infectologista da SMS, explicou que essa é uma medida padrão para identificar portadores da bactéria e evitar novos casos.

Características do estreptococo do grupo A

Conforme o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, a bactéria pode estar presente em indivíduos saudáveis sem causar sintomas. Ela frequentemente provoca infecções leves, como amigdalite ou escarlatina, mas em raras situações, pode levar a quadros graves, como pneumonia severa ou choque tóxico. A transmissão ocorre por gotículas de saliva e contato com secreções ou feridas.

Orientações para a comunidade

A SMS recomenda que os contatos próximos da criança, como colegas e familiares, fiquem atentos a sintomas como febre e dor de garganta. Caso apresentem qualquer sinal, é crucial buscar avaliação médica. Para a comunidade escolar, a orientação é manter práticas de higiene rigorosas e observar os sinais de gravidade em infecções comuns. Não existe vacina contra o estreptococo do grupo A, e a SMS aconselha medidas como higienização das mãos, evitar compartilhar utensílios e garantir a ventilação adequada dos ambientes. Casos suspeitos ou confirmados devem permanecer em isolamento até completar 24 horas de tratamento com antibióticos, conforme orientação médica.

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