Tiroteio e gás lacrimogêneo marcam a despedida de Raila Odinga em Nairóbi
Dois mortos e pânico marcam o velório de Raila Odinga em Nairóbi, após intervenção das forças de segurança.
Nesta quinta-feira (16), em Nairóbi, capital do Quênia, pelo menos duas pessoas perderam a vida durante o velório de Raila Odinga, após a ação das forças de segurança que abriram fogo e lançaram gás lacrimogêneo. O evento ocorreu no Estádio Kasarani, que abriga 60 mil pessoas, escolhido de última hora para a cerimônia. A morte de Odinga, um ícone da política queniana, provocou comoção nacional e evidenciou a tensão entre o governo e a oposição.
Disparos e pânico durante a cerimônia
Imagens nas redes sociais retratam o desespero de milhares de quenianos que fugiam enquanto tiros eram disparados nas arquibancadas. Desde o início do dia, uma grande multidão se reuniu em Nairóbi para prestar homenagens ao ex-líder oposicionista, que faleceu em 15 de outubro, após um tratamento médico na Índia.
Luto nacional por um dos maiores nomes da política queniana
A morte de Raila Odinga, que foi preso político e se candidatou à presidência cinco vezes, gerou um luto profundo no país. Odinga é lembrado como um símbolo da democracia e suas contribuições à política queniana são amplamente reconhecidas. A violência que marcou o velório destaca as tensões persistentes entre seus apoiadores e as autoridades governamentais.
Repercussão e próximos passos
A situação em Nairóbi continua tensa, e as autoridades locais enfrentam críticas pela forma como lidaram com o evento. O impacto da morte de Odinga e os eventos do velório ainda estão sendo avaliados, com muitos clamando por justiça e uma melhor abordagem na gestão de manifestações públicas.