A Polícia Federal investiga desvios de recursos públicos em mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal investiga assessores de deputados do PL por movimentações financeiras suspeitas que totalizam R$ 27 milhões.
A investigação da Polícia Federal
A movimentação de R$ 27 milhões por assessores de deputados do PL está sob a mira da Polícia Federal (PF), que, nesta sexta-feira (19/12/2025), deu início à Operação Galho Fraco. O foco da operação são os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro, acusados de desviar recursos das cotas parlamentares para benefício próprio.
O contexto da operação
Documentos expedidos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelam que os assessores Adailton Oliveira Santos e Itamar de Souza Santana foram responsáveis por movimentações de R$ 11 milhões e quase R$ 6 milhões, respectivamente, entre 2023 e 2024. Outras figuras, como Florenice de Souza Santana e Andrea de Figueiredo Desiderati, também estão envolvidas, totalizando valores que levantam suspeita sobre a origem dos recursos.
Detalhes das acusações
Conforme a investigação, os deputados utilizaram assessores para efetuar desvios de recursos da cota parlamentar, prática que caracteriza crimes como peculato e lavagem de dinheiro. A empresa Harue Locação de Veículos Ltda. ME é citada como um dos instrumentos dessa empreitada criminosa. A PF destaca que a ligação entre os deputados e os assessores é central para o desenrolar das investigações.
Implicações e próximos passos
Com a realização de sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, as autoridades estão aprofundando as investigações sobre o desvio de recursos públicos. O exame das movimentações financeiras, que resultou em 14 comunicações de operações suspeitas entre fevereiro de 2018 e junho de 2020, é crucial para entender a extensão dos desvios.
A cota parlamentar, que deveria ser utilizada para custear despesas relacionadas à atividade parlamentar, está no centro deste escândalo. As movimentações incompatíveis com os rendimentos dos envolvidos levaram as autoridades a investigar mais a fundo o uso inadequado de recursos públicos.
A Operação Galho Fraco representa um passo significativo na luta contra a corrupção, evidenciando a necessidade de um controle mais rigoroso das despesas parlamentares e a importância de responsabilizar aqueles que abusam das verbas públicas.