Movimento de Bradesco e Itaú pode reverter falência da Oi

Entenda como os bancos tentam contornar a situação da Oi (OIBR3) após a decretação de falência

Bradesco e Itaú tentam reverter a falência da Oi (OIBR3) com recursos judiciais.

Situação atual da Oi (OIBR3) e a decretação de falência

A Oi (OIBR3; OIBR4) teve sua falência decretada no início desta semana pela Justiça do Rio de Janeiro. No entanto, Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) estão tentando reverter essa situação através de um recurso judicial. O movimento acontece em um momento crítico, onde os bancos alegam que a falência não é a melhor alternativa para atender os credores, destacando a relevância dos serviços prestados pela Oi.

Argumentos de Bradesco e Itaú

O Bradesco argumenta que a quebra da Oi não traria benefícios aos credores. Por sua vez, o Itaú defende que a recuperação judicial deve ser mantida, pois a falência poderia causar danos ainda maiores aos credores e clientes. Além disso, o Itaú solicitou o afastamento da atual administração do Grupo Oi, evidenciando a gravidade da situação.

Implicações legais e possíveis desdobramentos

Segundo o advogado Thomaz Sant’Ana, a conversão em falência é uma consequência prevista na Lei 11.101/2005, e a reversão dessa decisão pode ser bastante difícil. Ele ressalta que a falência foi decretada não apenas pelo descumprimento do plano de recuperação judicial, mas também devido ao esvaziamento patrimonial da empresa, o que prejudica credores não sujeitos à recuperação.

Análise da viabilidade da recuperação judicial

Joana Bontempo, consultora do CSMV Advogados, reforça que a falência da Oi se deve, em grande parte, ao descumprimento das obrigações do plano de recuperação e ao suposto esvaziamento patrimonial. A consultora destaca que, a menos que o Tribunal conclua que não houve esvaziamento, as chances de reverter a falência são baixas.

Interesses divergentes em processos de recuperação judicial

No contexto de processos coletivos, como recuperação judicial e falência, é comum que credores e devedores tenham interesses divergentes. Credores quirografários, por exemplo, podem não enxergar valor na falência devido à falta de garantias, o que complica ainda mais a situação da Oi.

Consequências da falência e o papel da recuperação judicial

A falência tende a desvalorizar drasticamente os bens da empresa, enquanto a recuperação judicial oferece alternativas que podem preservar o patrimônio. Se o recurso dos credores for aceito, a Oi poderá retornar à recuperação judicial, permitindo que busque uma solução para sua crise.

Conclusão: O futuro da Oi (OIBR3)

A situação da Oi é delicada e depende de desdobramentos judiciais. O papel dos bancos Bradesco e Itaú é crucial nesse contexto, e a possibilidade de reverter a falência pode impactar não só os credores, mas também a continuidade das operações da empresa. O futuro da Oi, portanto, permanece incerto, mas a luta por uma solução está em andamento.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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