Requisição envolve identificação de mortos e protocolos de rigor
O MPF pediu ao IML do Rio que disponibilize protocolos de identificação de mortos em operação que resultou em mais de 100 óbitos.
Em 29 de outubro de 2025, o Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro que os protocolos para a identificação dos mortos na operação mais letal da história do estado, que resultou em mais de 100 óbitos, sejam disponibilizados em até 48 horas. O pedido foi direcionado ao diretor do IML, André Luís dos Santos Medeiros, e é assinado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão Adjunto, Julio José Araujo Junior.
Detalhes das solicitações do MPF
No documento, o procurador elenca oito itens mínimos que precisam ser seguidos, incluindo:
- Descrição completa das lesões externas;
- Descrição completa das lesões internas;
- Identificação dos projéteis nos corpos e sua extração para encaminhamento pericial;
- Exame radiográfico dos polibaleados;
- Croqui com lesão dos corpos;
- Fotografias de todas as lesões encontradas;
- Fotografias das características individualizantes;
- Item de discussão com a trajetória dos projéteis e distância dos disparos.
Justificando a urgência, Junior destacou a necessidade de agilidade no processo, dado o impacto social e legal do caso. A Defensoria Pública do Rio menciona que o número de mortos pode chegar a 132, enquanto o governo do estado confirma 119 óbitos.
Contexto da operação
A operação visava desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), a principal facção do tráfico no Rio de Janeiro, e apreender armamentos que a organização criminosa utilizava. Na quarta-feira, moradores encontraram e retiraram corpos de uma mata próxima ao local da operação. A urgência e a gravidade dos eventos exigem uma resposta rápida e eficaz das autoridades competentes.