MSF Denuncia: Palestinos Baleados Durante Distribuição de Ajuda Humanitária em Gaza

Um novo relatório da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusa que palestinos na Faixa de Gaza estão.

Um novo relatório da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) acusa que palestinos na Faixa de Gaza estão sendo “baleados como animais” enquanto buscam alimentos. A denúncia surge em meio a críticas à distribuição de ajuda humanitária na região, agravada após restrições impostas por Israel à entrada de suprimentos da ONU. A situação levanta sérias preocupações sobre a segurança e dignidade da população civil.

O relatório, intitulado “Isto não é ajuda. É um assassinato orquestrado”, foca na atuação da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada pelo governo israelense e operada em conjunto com os Estados Unidos. O MSF critica a forma como a ajuda está sendo distribuída, alegando que os centros de distribuição estão localizados em áreas militarizadas. Nesses locais, segundo a organização, os palestinos são “alvejados com munição real” sob o pretexto de controle de multidões.

Diante desse cenário alarmante, o MSF exigiu o fechamento imediato dos centros de distribuição de alimentos da GHF. O Escritório de Direitos Humanos da ONU já havia feito um pedido semelhante, ressaltando a necessidade de proteger a população civil em meio à crise humanitária. A crescente pressão internacional reflete a gravidade da situação e a urgência de medidas eficazes.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza revelam que mais de 1.500 pessoas foram mortas por forças ligadas a Israel desde que a GHF iniciou a distribuição de alimentos. Além das mortes diretas, a fome e a desnutrição também cobram um preço alto, com 193 mortes registradas até o momento. A combinação de violência e privação expõe a população palestina a um sofrimento extremo.

Após as críticas e pressões internacionais, o governo de Benjamin Netanyahu permitiu a entrada “gradual e controlada” de mercadorias na Faixa de Gaza, através de comerciantes locais. No entanto, a eficácia dessa medida em aliviar a crise humanitária e garantir a segurança da população ainda é incerta. A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação, buscando soluções para proteger os civis e garantir o acesso à ajuda essencial.

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