Mudanças climáticas e o tornado no Paraná: o que você precisa saber

Entenda a relação entre fenômenos climáticos extremos e as mudanças globais

O tornado no Paraná levanta questões sobre as mudanças climáticas e seus impactos. Entenda a ligação entre os fenômenos.

Mudanças climáticas e o tornado no Paraná

O tornado que devastou a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, em 7 de outubro, trouxe à tona questões urgentes sobre as mudanças climáticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da COP30, enfatizou que a mudança do clima é uma realidade trágica do presente e não mais uma ameaça futura. Ele destacou a necessidade de enfrentar o fenômeno não apenas como um evento isolado, mas como parte de um padrão global crescente.

Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, o tornado deve servir como um alerta para as autoridades na conferência. Ele ressaltou que eventos climáticos extremos, como o que ocorreu no Paraná, são cada vez mais frequentes e intensos, exigindo uma resposta imediata e eficaz contra o aquecimento global.

O impacto dos gases de efeito estufa

Carlos Nobre, meteorologista, explicou que o aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera gera mais energia disponível, intensificando a formação de nuvens e a liberação de energia. Isso resulta em fenômenos meteorológicos mais violentos. Dados recentes indicam que a temperatura global já está 1,5°C acima dos níveis pré-industriais por 21 meses consecutivos, o que acentua a urgência de ações climáticas. “Não podemos esperar até 2050 para zerar as emissões”, advertiu Nobre.

Tornados: causas e consequências

Tornados, como o que atingiu o Paraná, não são causados apenas por mudanças climáticas, mas o desequilíbrio do clima contribui para sua maior frequência e intensidade. A oceanógrafa Renata Nagai, da Universidade de São Paulo, destacou que a combinação de mais calor e umidade atua como combustível para esses eventos extremos. Michel Mahiques, também da USP, corroborou essa visão, afirmando que as mudanças climáticas intensificam as diferenças de pressão que geram tornados.

A tragédia de Rio Bonito do Iguaçu

O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu foi classificado pelo Simepar como nível F3, com ventos de até 250 km/h. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, descreveu a situação como “sem precedentes” e uma “situação de guerra”. O desastre resultou em seis mortes e deixou 750 pessoas feridas, com 90% dos edifícios danificados. O governo do Paraná decretou estado de calamidade pública e mobilizou uma força-tarefa para ajudar as vítimas.

Medidas necessárias e futuro

Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, é imperativo que os governos e a sociedade civil adotem medidas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A tragédia em Rio Bonito do Iguaçu deve servir como um chamado à ação e à implementação de políticas climáticas mais robustas e eficazes para proteger o planeta e a vida humana. A urgência das mudanças climáticas não pode mais ser ignorada.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: