Novo selo de eficiência reduzirá classificação a apenas três níveis para otimizar o consumo de energia
A partir de 2026, novas regras de eficiência energética para geladeiras entram em vigor, reduzindo a classificação a três níveis.
A partir de 2026, as regras de eficiência energética se tornarão mais rigorosas, mudando o selo de eficiência das geladeiras e freezers. O novo sistema, fruto de discussões entre o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), visa aprimorar a eficiência energética e reduzir os custos para os consumidores.
Novas classificações simplificadas
Com as alterações, a classificação de eficiência será reduzida de seis níveis (A+++, A++, A+, A, B e C) para apenas três: A, B e C. Esta mudança tem como objetivo principal facilitar a escolha dos consumidores e incentivá-los a optar por produtos que consumam menos energia, impactando positivamente na conta de luz ao longo do tempo.
Um projeto de longo prazo
A nova classificação é parte de um projeto que se iniciou em 2021 e que vai até 2030, no qual o Brasil busca alinhar-se às práticas internacionais. A meta final é que as geladeiras comercializadas no Brasil atinjam níveis de eficiência energética semelhantes aos da União Europeia, que recentemente atualizou seu sistema de classificação.
Preparação da indústria
A indústria nacional está se preparando para essas mudanças, conforme afirma Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros. Ele informa que as empresas têm investido em tecnologia e ajustes operacionais para se adequar às novas exigências. Essa mudança não só visa melhorar a eficiência, mas também apoiar um desenvolvimento sustentável no setor de eletroeletrônicos.
O que muda nas etiquetas
As novas categorias de eficiência energética simplificadas serão:
- Produtos A+++ e A++ passam a ser A.
- Produtos A+ e A se tornam B.
- Produtos B agora são classificados como C.
Categorias D e E serão eliminadas. Essa reclassificação aproxima o Brasil dos padrões da União Europeia, onde as etiquetas A e B serão consideradas as mais eficientes, enquanto as etiquetas C serão as menos eficientes, já correspondendo ao que eram A++ ou A+ em 2025.
Definição de eficiência energética
A eficiência energética refere-se a produtos que consomem menos energia para desempenhar a mesma função que produtos similares. A longo prazo, escolher eletrodomésticos com melhor classificação pode significar economia para o consumidor, mesmo que o custo inicial seja mais alto. A definição de eficiência está relacionada não apenas ao consumo, mas também à capacidade e tamanho do aparelho, resultando em um cálculo que indica sua eficiência.
O papel do Inmetro
O Inmetro é o responsável pela certificação e concessão dos selos de eficiência energética. De acordo com o órgão, a nova classificação em faixas de consumo facilita a compreensão do consumidor sobre o que está adquirindo. Atualmente, para um produto receber o selo A, é necessário cerca de 85,5% de eficiência. Este índice deverá aumentar para 90% até 2030, conforme as novas diretrizes.
Considerações finais
As mudanças nas regras de eficiência energética não apenas modernizam a classificação, mas também refletem a necessidade de o Brasil adaptar suas práticas ao que há de mais atual no cenário mundial. Essa atualização é essencial para promover um consumo mais consciente e eficiente, contribuindo para a sustentabilidade e a redução dos custos de energia para os consumidores.


