Protestos reivindicam justiça e combatem a violência de gênero
Mobilizações em diversas cidades brasileiras serão realizadas neste domingo.
Mobilização nacional contra o feminicídio
Neste domingo (7), mulheres de diversas cidades brasileiras irão às ruas para denunciar o aumento do número de casos de feminicídio. As manifestações têm o objetivo de protestar contra todas as formas de violência que violam o direito das mulheres a viver com liberdade, respeito e segurança. Mobilizadas por coletivos, movimentos sociais e organizações feministas, essas mobilizações visam romper o silêncio e exigir que a sociedade não aceite mais a impunidade em relação a esses crimes. O lema das manifestantes é claro: “Basta de feminicídio. Queremos as mulheres vivas”.
Cidades com protestos
As manifestações ocorrerão em várias cidades, incluindo:
- São Paulo (SP): 14h, do Masp
- Curitiba (PR): 10h, Praça João Cândido (Largo da Ordem)
- Campo Grande (MS): 13h, Av. Afonso Pena (em frente ao Aquário do Pantanal)
- Manaus (AM): 17h, Largo São Sebastião
- Rio de Janeiro (RJ): 12h, Posto 5 – Copacabana
- Belo Horizonte (MG): 11h, Praça Raul Soares
- Brasília (DF): 10h, Feira da Torre de TV
- São Luís (MA): 9h, Praça da Igreja do Carmo (Feirinha)
- Teresina (PI): 17h, Praça Pedro II
Contexto das manifestações
A mobilização nacional foi convocada após uma onda de feminicídios que abalaram o país, incluindo o assassinato da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, encontrado carbonizado em Brasília. O crime, atribuído ao soldado Kelvin Barros da Silva, que confessou a autoria e está preso, exemplifica a gravidade da situação.
Além disso, o caso de Tainara Souza Santos, que teve as pernas mutiladas após ser atropelada, e o assassinato de duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ) por um colega de trabalho que se suicidou em seguida, mostram a urgência da luta contra a violência de gênero.
Dados alarmantes sobre feminicídios
O Mapa Nacional da Violência de Gênero revela que cerca de 3,7 milhões de mulheres brasileiras vivenciaram episódios de violência doméstica nos últimos 12 meses. Em 2024, foram registradas 1.459 vítimas de feminicídio, com uma média de quatro mulheres assassinadas por dia em razão do gênero, em contextos de violência doméstica ou discriminação. Até agora, em 2025, já foram mais de 1.180 feminicídios registrados e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180, conforme dados do Ministério das Mulheres.
Apelo do presidente
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para um grande movimento nacional contra a violência de gênero, cobrando dos homens uma resposta para mudar a cultura de violência que predomina em nossa sociedade. As manifestações deste domingo são um passo importante nessa luta por justiça e segurança para todas as mulheres.
Fonte: jovempan.com.br


