Descoberta desafia teorias sobre a origem da mumificação

Múmias humanas de até 12 mil anos foram descobertas e desafiam a visão tradicional sobre a mumificação.
Múmias humanas de até 12 mil anos foram descobertas no sul da China e no Sudeste Asiático. Essa descoberta, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que povos antigos desenvolveram uma técnica inovadora de mumificação por defumação lenta dos corpos antes do enterro.
Descoberta desafia teorias existentes
A nova evidência desafia a visão de que a mumificação começou no Egito ou com os povos da América do Sul. Cientistas analisaram ossos de dezenas de indivíduos encontrados em cavernas e sítios arqueológicos, utilizando exames avançados para identificar sinais de exposição prolongada ao calor e à fumaça. Essa técnica consistia em colocar os corpos sobre fogueiras que produziam fumaça constante, secando os tecidos e desacelerando a decomposição.
Características das múmias
Muitos corpos estavam em posição encolhida, alguns com marcas de fuligem, indicando que o processo de preservação não era apenas natural, mas intencional. Até agora, os registros mais antigos de mumificação conhecida eram dos povos Chinchorro, com cerca de 7 mil anos. A descoberta sugere um cuidado simbólico com os mortos, possivelmente relacionado a rituais de ancestralidade.
Implicações da pesquisa
Os pesquisadores ressaltam que nem todos os enterramentos apresentaram sinais claros de exposição à fumaça ou ao calor, sugerindo variações nas práticas ou diferentes condições de preservação. Isso amplia o entendimento sobre as origens da mumificação, demonstrando que a prática não surgiu em um único lugar, mas em diversas culturas e períodos, revelando conexões profundas entre sociedades pré-históricas e seus mortos.