Kerstin Gurtner, de 33 anos, foi deixada sozinha em condições extremas

Kerstin Gurtner foi abandonada pelo namorado em uma montanha e morreu por exposição ao frio extremo.

A investigação sobre a morte de Kerstin Gurtner, de 33 anos, nos Alpes austríacos, agora acredita-se estar relacionada a homicídio. O namorado da vítima, Thomas Plamberger, de 39 anos, é acusado de deixá-la sozinha e desprotegida no topo do Grossglockner, a montanha mais alta da Áustria, durante uma escalada noturna. Em condições climáticas adversas, Kerstin morreu congelada após ficar horas exposta ao frio extremo.

Circunstâncias do caso e acusações

De acordo com o Ministério Público austríaco, Thomas abandonou Kerstin em estado crítico, exausta e sem o equipamento adequado. A promotoria afirma que ele agiu irresponsavelmente ao insistir na subida, mesmo com dificuldades climáticas e atrasos consideráveis. Kerstin, com experiência limitada em montanhismo, usava botas inadequadas para o terreno.

Thomas a deixou por volta das 2h da manhã para buscar socorro, mas os resgatistas só conseguiram alcançá-la às 10h, quando já estava sem vida. As condições meteorológicas durante esse período foram severas, com rajadas de vento que elevaram a sensação térmica a níveis críticos. A acusação afirma que a morte de Kerstin foi resultado de uma série de decisões equivocadas tomadas por Thomas durante a escalada.

Equipamento inadequado e decisões arriscadas

Os promotores destacam que Kerstin não possuía equipamentos básicos, como um saco de dormir ou manta térmica, que poderiam ter garantido sua sobrevivência. Eles também apontam que Thomas não a posicionou em local seguro, ignorando os sinais de perigo durante a escalada. O casal chegou a ficar preso na montanha na noite anterior e não fez nenhum apelo de emergência antes do anoitecer.

Thomas, que alegou ter uma abordagem responsável, enfrenta agora graves acusações por negligência. A promotoria sustenta que sua insistência na escalada, mesmo sob condições adversas, foi uma falha crítica que resultou na aparente morte de Kerstin.

Reação e declarações do réu

Reagindo às acusações, Thomas Plamberger defendeu-se afirmando que a situação foi uma tragédia inesperada e que fez o possível para salvar a namorada. Contudo, as evidências apresentadas pela promotoria sugerem que a morte de Kerstin poderia ter sido evitada se medidas adequadas tivessem sido tomadas em tempo oportuno. A investigação continua em andamento, com implicações legais significativas para Thomas, que poderá ser processado por homicídio por negligência agravada.

Conclusão

O caso de Kerstin Gurtner traz à tona a importância da segurança em atividades de montanhismo e a responsabilidade que os escaladores têm uns com os outros. A audácia em desafiar a natureza sem estar adequadamente preparado pode resultar em consequências trágicas, como evidenciado neste caso que capturou a atenção da opinião pública. A situação permanece em investigação, enquanto a promotoria continua a reunir evidências contra Thomas Plamberger.

Fonte: baccinoticias.com.br