Dmitry Medvedev destaca a ressonância do documento com visões russas
Moscou acolhe a nova estratégia de segurança nacional dos EUA, destacando pontos em comum.
Nova estratégia de segurança nacional dos EUA é recebida com entusiasmo em Moscou
A recente divulgação da nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos, elaborada pela administração de Donald Trump, foi bem recebida por Moscou. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, elogiou o documento, que, segundo ele, possui “ecos” das visões russas sobre segurança. Medvedev ressaltou que a estratégia antecipa um tempo de diálogo em vez de hostilidade, afirmando que agora se abre uma “janela de oportunidade” para conversações sobre segurança compartilhada.
Reações russas à nova estratégia
Em suas declarações, Medvedev comentou que o documento não apresenta mais a Rússia como uma “ameaça”, mas sim como um participante em um diálogo necessário para a estabilidade global. Ele utilizou a plataforma de mensagens Max para expressar seu apoio, destacando que a estratégia apresenta um sinal claro de que os EUA estão dispostos a discutir a arquitetura de segurança global ao invés de continuar com sanções intermináveis. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também validou a estratégia, considerando-a “largamente consistente” com as perspectivas russas sobre segurança internacional.
O conteúdo da estratégia de segurança nacional
O novo documento de 33 páginas delineia a visão de Trump sobre as políticas de segurança dos EUA em relação a questões internacionais, com um enfoque particular nas operações do Hemisfério Ocidental. Entre as prioridades listadas, está a proposta de negociar uma cessação rápida das hostilidades na Ucrânia e de minimizar o risco de confrontos entre a Rússia e outros países europeus. A administração americana enfatiza a importância de reestabelecer a estabilidade estratégica na Rússia, o que, segundo eles, poderia estabilizar economias europeias afetadas pelas tensões atuais.
Críticas à estratégia e seus impactos
Entretanto, a nova abordagem da estratégia de segurança nacional não foi isenta de críticas. Senadores americanos expressaram preocupações sobre os possíveis efeitos dessa nova política nas alianças dos EUA globalmente. O senador Mark Kelly, por exemplo, argumentou que as relações com adversários como a Rússia e a China estão sendo priorizadas em detrimento dos compromissos com os aliados tradicionais. Por outro lado, o senador Eric Schmitt defendeu a estratégia como um retorno a uma política externa americana mais realista, distante das visões idealistas.
Visões divergentes sobre o futuro
A ex-ministra da Economia da Ucrânia, Tymofiy Mylovanov, também expressou sua opinião no X, alertando que a nova estratégia revela uma mudança de prioridades dos EUA, que agora priorizam suas relações com a Rússia, o que poderia dividir a Europa entre dois adversários. Enquanto isso, Medvedev e Peskov indicaram que Moscou continuará a avaliar o documento antes de emitir comentários mais amplos, ressaltando a importância de acompanhar essa nova fase nas relações internacionais.
Com a crescente complexidade da situação na Ucrânia e as relações contínuas entre Moscou e Washington, fica evidente que a nova estratégia de segurança nacional pode sinalizar mudanças importantes nas dinâmicas de poder e segurança em múltiplas frentes.
Fonte: www.newsweek.com


