Documento destaca a fragilidade das alianças na Europa e reafirma a política 'América Primeiro'
A nova estratégia de segurança de Trump ataca aliados europeus e enfatiza a prioridade dos interesses americanos.
Nova estratégia de segurança de Trump e suas implicações
Na última sexta-feira, o presidente Donald Trump divulgou uma nova estratégia de segurança nacional, que se destaca por suas críticas contundentes aos aliados europeus, considerados fracos sob a sua perspectiva. O documento, que cumpre uma exigência legal da administração, reflete a política “América Primeiro”, enfatizando a necessidade de priorizar os interesses dos Estados Unidos acima de qualquer aliança tradicional.
Essa estratégia não somente critica as políticas de migração da Europa, mas também questiona a confiabilidade desses países como parceiros a longo prazo. Em um tom que mistura frieza e belicismo, o texto aborda o que considera uma “erasure civilizacional” que ameaça o continente europeu, instigando preocupações sobre a sua viabilidade econômica e militar nas próximas décadas.
Críticas ao cenário europeu
O documento afirma que a Europa enfrenta um “desafio existencial” por conta de suas políticas de imigração, taxas de natalidade em declínio e a supressão da liberdade de expressão. Com isso, Trump sugere que essas nações estão se afastando de suas identidades nacionais, o que poderia torná-las aliados não confiáveis no futuro. Esta crítica se desvia da estratégia de Biden, que buscava revitalizar as alianças e conter a expansão da Rússia.
Reavaliação das relações com a Rússia
O novo plano de segurança nacional também aborda a relação dos EUA com a Rússia, buscando reestabelecer um relacionamento mais cooperativo após anos de sanções e isolamento. A administração Trump quer que a resolução do conflito na Ucrânia se torne uma prioridade, considerando-a uma questão vital para os interesses americanos. Entretanto, a crítica à Europa e o desejo de melhorar as relações com Moscou refletem uma abordagem contraditória que pode gerar inseguranças em ambas as partes.
A ‘Doutrina Trump’ na América Latina
Outro ponto importante da estratégia é a reinterpretação da Doutrina Monroe, que historicamente rejeitava a interferência europeia nas Américas. Trump planeja aumentar a presença militar na região, implementando uma abordagem que combina ações militares com esforços para controlar o tráfico de drogas. A documentada “Corolário Trump” incentiva uma nova forma de intervenções focadas, especialmente em resposta a crises humanitárias e de segurança na América Latina.
O contexto mais amplo da estratégia de segurança
Além de suas críticas à Europa e à reafirmação do compromisso dos EUA nas Américas, a estratégia também se alinha com uma visão de mundo que privilegia a segurança nacional e a defesa dos interesses americanos. As ações militares planejadas e o foco na estabilidade regional estão em desacordo com a natureza mais diplomática que outras administrações tentaram cultivar.
A nova estratégia de segurança de Trump, portanto, não apenas redefine as alianças globais, mas também reflete um comprometimento em transformar a política externa dos EUA em um eixo de poder e controle, tanto em seus interesses na Europa quanto nas Américas. Essa abordagem poderá ter ramificações significativas nas relações internacionais nos próximos anos.
Fonte: www.pbs.org
Fonte: Michelle L. Price, Associated Press Michelle L. Price, Associated Press


