Satsuki Katayama assume o cargo em meio a desafios econômicos

Satsuki Katayama, nova ministra das Finanças do Japão, pode influenciar a política cambial e a economia do país.

A nomeação de Satsuki Katayama como a próxima ministra das Finanças do Japão nesta terça-feira (21) pode dar aos mercados motivos para fazer uma pausa antes de empurrar o iene para um nível muito baixo, mas também pode ajudar a nova primeira-ministra do país, Sanae Takaichi, a encontrar novas maneiras de financiar planos ousados de estímulo econômico. Katayama agora ocupa o cargo de ministra das Finanças, supervisionando a política cambial, a gestão da dívida e o orçamento.

O papel de Katayama

Ao assumir o cargo, Katayama se torna a primeira mulher a ocupar a função de ministra das Finanças no Japão. Em uma entrevista à Reuters em março, ela mencionou que os fundamentos econômicos do Japão sugerem que o valor real do iene está mais próximo de 120-130 por dólar. Essa declaração foi feita em um momento em que o iene havia caído para cerca de 150 em relação ao dólar.

Expectativas do mercado

Após a votação parlamentar que elegeu Takaichi como a primeira mulher a liderar o Japão, o iene e os rendimentos dos títulos caíram, principalmente devido às expectativas de que Takaichi, defensora de uma política fiscal expansiva, fará grandes gastos e se oporá a um aumento dos juros pelo banco central. Katayama, conhecida por sua habilidade em diplomacia cambial, poderá usar sua experiência para ajudar a financiar os planos de gastos da nova primeira-ministra.

Desafios econômicos

A nomeação de Katayama ocorre em um contexto de aumento do custo de vida, agravado pela alta dos preços de importação devido a um iene fraco. Embora sua experiência possa levá-la a buscar disciplina fiscal, alguns analistas acreditam que ela encontrará formas de ajudar Takaichi a expandir os gastos fiscais. Katayama afirmou que se concentrará na revitalização da economia com uma política fiscal expansionista.