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Alexandre Curi

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Nova pílula pode revolucionar tratamento da obesidade

Especialista aponta benefícios de opção oral

Endocrinologista destaca avanços da pílula prima do Mounjaro no combate à obesidade.

Em entrevista ao portal LeoDias, o endocrinologista Douglas Tigre reforça que a novidade, que está em fase avançada de testes, também pode ter impacto na adesão de pacientes ao tratamento de longo prazo. A pílula prima do Mounjaro, conhecida como orforgliprona, promete resultados próximos aos das chamadas “canetas emagrecedoras” com a praticidade de ser administrada por via oral.

Eficácia e resultados

Estudo publicado no The New England Journal of Medicine mostrou que o remédio pode reduzir até 12% do peso corporal em pouco mais de 70 semanas de uso, além de melhorar colesterol, triglicerídeos e pressão arterial. O mecanismo de ação é semelhante ao da semaglutida e da tirzepatida. Embora os resultados fiquem ligeiramente abaixo dos injetáveis, especialistas apontam ganhos importantes em acessibilidade.

Opção oral e adesão ao tratamento

Douglas Tigre destaca que a opção oral com eficácia semelhante às injeções pode beneficiar milhares de pessoas que têm dificuldades com agulhas e os custos associados. Um comprimido diário é mais simples de incluir na rotina, aumentando as chances de continuidade e melhorando os resultados para quem enfrenta a obesidade.

Efeitos colaterais e expectativas futuras

Os dados preliminares indicam que os efeitos colaterais são leves e temporários, semelhantes aos injetáveis. A expectativa é que a pílula, desenvolvida pela Eli Lilly, chegue às farmácias no segundo semestre de 2026, após aprovação de agências regulatórias. Na pesquisa, realizada com mais de 3 mil voluntários, 60% dos pacientes perderam ao menos 10% do peso, e 90% dos que tinham pré-diabetes atingiram níveis normais de glicemia.

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